quarta-feira, 7 de julho de 2010

...Declínio...

Hoje vejo um mundo de mentes acomodadas, poucos se perguntam o porquê das coisas serem do jeito que são. 
Rumo a um cataclismo moral onde seguem brincando de seres racionais, não entendem o básico sobre si mesmos, mas agem como se dominassem todos os mistérios da humanidade. 
Tudo que sabem foi ditado, escrito e profetizado por outros, para que se dar o luxo de pensar? 
Bem, então acho que sou anormal, pois eu questiono a vida, os pais, os filhos, a existência, os governantes, a Bíblia, etc...  
É triste ver adolescentes grávidas aos seus 14, 15, 16 anos de idade, crianças que se acham mulheres, mas a própria atitude de perder a virgindade por uma curiosidade ou por que outros disseram o quanto é “bom” já demonstra por si só a falta de maturidade do pensar. 
Hoje vejo jornais que apenas sabem falar de morte, guerras e futebol, não necessariamente nessa ordem. Não que eu reprove, até por que, quem eu sou para dizer o que é certo ou errado nesta vida, só acho que valorizar mais uma guerra, a morte como um todo ou um esporte ao invés da vida, torna o pensar e amar é desprezível. 
Vivemos no prelúdio de nossa própria preguiça de pensar, ignorante não é quem não conhece e sim quem não quer conhecer. 
Sonho em ver a humanidade crescendo, cada indivíduo se encontrando para depois se ligarem a verdade que é genuína. 
Mas enquanto adorarmos saber quem matou, quem morreu, em uma ânsia incontrolável para sentirmos pena uns dos outros mais que de nós mesmos, não haverá jeito. 
Particularmente prefiro admirar aqueles que se negam, a ponto de participarem de um projeto voluntario dando um ponta a pé em seu “eu” material, que me ''enojar'' tanto de minha própria vida e tornar necessário o sentimento de pena por outra vida para esquecer o quanto minha preguiça do pensar me tornou medíocre.



2 comentários:

João Carlos disse...

Às vezes me pergunto se o discernimento não é uma maldição... chego a ter inveja dos medíocres em suas "certezas".

O pior é que a "Caixa de Pandora" da curiosidade, uma vez aberta, não pode mais ser fechada. E quanto mais se aprende, tem-se uma noção mais aproximada da vastidão da própria ignorância.

Mas há quer existir sempre um Francisco de Assis pregando aos lobos e aves de rapina. "Traga-me Rocinante, meu fiel Sancho!..."

Arqueiro disse...

Como sempre suas palavras são portas para abrir não só para o conhecimento, mas sim a própria porta da alma, pois tudo que você escreve sente na sua própria alma, se raciocinarmos coerentemente são satisfações maravilhosamente imensas, se é que podemos sentir desta forma

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