Envolto
de ondas gigantescas
Assumo o controle do timão
O vento gélido anuncia a tempestade
Luto para manter o controle do barco
Que agora parece mais um pedaço de
madeira
Relutante contra a terrível força
das águas
Montanhas azuis escuro se formam
E dispersam-se em instantes
À minha frente nada mais que o
horizonte coberto de nuvens
E atrás de mim, um rastro branco do
barco que se dilui do cortar da superfície do mar
Não há tempo para dúvidas
Decisões e ações em um piscar
E a esperança de me salvar
Contida nas forças dos meus braços
Luzes rasgam o céu furioso e muitas
delas se chocam com o mar
Um erro representa perder tudo o que
conquistei
A minha própria vida
Não é tempo de fraquejar
Não é tempo de manter os olhos
fechados à realidade
Em confronto com a maré meu coração
queima como o Sol
E agora a esperança se torna uma
mera palavra
Pois o que me guia não é o instinto
É a pura vontade de sobreviver
A extrema vontade de vencer qualquer
uma de minhas batalhas
A espada não significa nada nessa
narrativa
Afinal meu inimigo é a corrente do
mar
Entre o frio que transborda de seu
ser,
E
tenta me fazer recuar diante de sua autoproclamada supremacia
Mas sou rocha diante do vento
Fogo perante água
Luz que prevalece diante da
escuridão
Por uma ordem minha tudo se
acalmaria
Mas nessa guerra devo manter-me
atento
Pronto para combater a qualquer
momento
O
diluvio que se abate como a maior das tormentas...
Para mim sempre será uma leve brisa.
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