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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

...Sexto dia da exposição de presente de Natal - Vida de Tetra . Espelho das Eras - Maria Goret...

Estamos chegando na reta final. Hoje apresentamos Maria Goret
Particularmente fiquei encantado com sua técnica de pintura, leia a sua história e prestigie sua arte.




Minha história

1.     Tudo   começou em Delfinópolis, 1951 ... nasci tetraplégica ...
Lembro, na minha infância, os passeios nas cachoeiras, carro: Jeep, cheio de crianças, matula¨: frango com farofa, muita alegria, a disposição incansável de meu pai.
Foi daí que herdei esta disposição para descobrir o novo, o nosso anjo da Guarda teve muito trabalho, cachoeiras, a de Santo Antônio me marcou bastante, trilhas, precipícios, perigos que não víamos ... perfeita harmonia entre criatura e Criador.
Não havia perigo?
Sim, mas a proteção era maior!
Lembro, ainda da loja de meu pai Casa São Paulo, uma espécie de supermercado, tinha de tudo de tecido a chapéu... o que imaginássemos ... ali tinha.
Ficava na esquina da praça, minha mãe com quatro filhos, ajudava na loja, como meu pai, também era boa vendedora, não deixava ninguém sair sem nada. Se apertava, começava a atender um, enquanto este pensava atendia outro, não tinha estudo, mas tinha postura, gentileza, alegria, sabia vender para ‘’vencer’’.
Meu pai, nem se fala ‘’comerciante nato. ’’
Eu ficava sentada em cima do balcão desenhando, já gostava de desenhar, pintar desde criança, de uma forma diferenciada, bem diferenciada.
Como?
Falaremos disto depois.
Era sapeca, quebrei o braço quatro vezes quando criança e uma depois de ‘’velha’’.
Às vezes ficava sentada no chão, na calçada, para ver o movimento... a garotada brincando.
Que vontade de brincar!
Porque não ia?
Mais adiante respondo.
Eu tinha um galo [vivo] de estimação. Penteava sua crista, enrolava igual a uma boneca e o pior ou melhor, ele ‘’topava’’. Algumas crianças dariam tudo para ter um igual, outras judiavam de mim, tapas, beliscões e saiam correndo... até que aprendi a morder.
Elas entenderam que corriam o risco de ficarem sem orelha, eu era o contrário de Van Gogh, não arrancava a minha, mas a de quem alcançava.
Porque algumas agiam assim?
Provocação?
Incômodo?
Curiosidade?
Assim era a pacata DELFINÓPOLIS - NATUREZA, cidadezinha onde todos se conheciam, festas populares, quermesses, missões religiosas, passeios pelas cachoeiras, cinema.
Cinema?

2. Quando minha mãe mandava-nos para o cinema, podia saber... mais um irmãozinho ou irmãzinha, parto normal em casa, com a parteira e tudo.
Não víamos a hora do final do filme, nosso pensamento estava na novidade.
Foram cinco em Delfinópolis, um em Cássia e três em Franca.
Bom, já deu para perceber que mudamos de Delfinópolis para França.
Meu pai, com sua visão de futuro, percebeu que era hora de mudar de foco, os estudos dos filhos, que só aumentava o número, o trabalho... o comércio geral já se definia para o ramo de carros.
Quantas vezes, em pleno passeio ou viagem, descíamos do carro, nós e as bagagens para a troca do carro vendido ou trocado. Era divertido.
Nasci lá, morei até a idade de dez anos, fui alfabetizada em casa os dois primeiros anos,
Depois passei a frequentar a escola local, desde cedo buscando minhas adaptações, procurando agir de forma a modificar meu ambiente para melhor, DEUS já colocando ‘’ anjos’’ em minha vida.
DELFINÓPOLIS - NATUREZA:
Um cenário de rara beleza, digno de receber o fato mais significativo e único de minha história:

DELFINÓPOLIS – O MILAGRE!

CONTAR OU CANTAR? VIVER...

Madrugada...
Penso em escrever um conto.
É preciso revelar a beleza de uma vida.  Minha vida!
Amanhece o dia, a ideia persiste. Sento em minha cama e a caneta nos dedos do pé começa a transpor para o papel, para o real ou pensamento - voar, partir, voltar...
Fujo do presente e volto ao passado, vivo o momento.
É o recomeçar, tenho cinco anos, sou deficiente fisicamente, mas com um interior dinâmico e feliz.
Adoro desenhar, imaginar...
Que valor ter uma cabeça perfeita, um pensamento que direciona!
Brinco, sou birrenta, defendo-me como posso, se preciso, uso até os dentes... bobeou... nhoc!
A minha cidade?
3.É pequena, acolhedora, turística e a religiosidade predomina.
Olha! Vai ter festa!
É a festa do Divino Espírito Santo, em casa a euforia, somos os organizadores.
Religiosidade?
Não. Certeza, opção de vida, fé adulta e consciente, paz... eis o meu lar.
 A sabedoria que vem de Deus ao invés da sabedoria apenas humana, da cultura.
Simplicidade e amadurecimento como sinônimo de meus pais, Vou falar deles:
3.Minha mãe, psicóloga por natureza com a ajuda de meu pai um líder, criou-me, educou-me como criança normal, sem cuidados exagerados, só o suficiente para me tornar segura e feliz.
Hoje sinto o importante papel da minha infância, a auto realização e a tranquilidade são frutos de pensamentos direcionados para fé.
Caminho confiante, transmito sensibilidade com a força de vontade, a arte e a criatividade, invento, descubro-me a cada novo instante.
Ora sou alegre, ora sou triste, rio, angustio, caio, mas também levanto, sou e vivo uma vida normal!
Faço um estudo de minhas capacidades e limitações. Tudo leva-me a relembrar...
...cinco anos, tenho febre e terríveis dores nas pernas que não andam e que já foram determinadas para operações futuras. Tenho dores...choro ...digo que vou andar ou morrer.
A inocência de uma criança, a vontade, a certeza, a confiança.
E a festa?
4. Último dia de festa, sou proibida de sair, mas... quero e vou participar da procissão.
 A birra, o choro constante, venço pelo grito e vou.
Nos braços de alguém, peço para descer, grito novamente, assusto e vou para o chão...começo a andar...dou os primeiros passos de minha vida!
A vontade de uma criança aliou - se à intervenção divina, todos vem o prodígio, o Espírito Santo e uma ação concreta ali!
Caminhar...e não morrer, caminhar para o bem!
As pessoas, de repente, percebem um pouco mais que religiosidade, percebem a presença de Deus iluminando uma criança.
A medicina não encontra respostas, simplesmente aceita perante os fatos e radiografias, seu poder é limitado diante do ilimitado!
Os anos passam, a arte de viver alicerçada em Deus cria meios de sobrevivência, descobre dons, persiste, luta e vence.
Valoriza o dia a dia como a maior descoberta, o maior milagre.
Nas pequenas coisas aprende cada vez mais a amar e ser amada.
Já não é apenas um invento, um conto ... é um cantar à alegria de
Servir, amar e viver!
Nasci tetraplégica e esta é a minha história, o meu conto real!


A tetraplegia transformou – se em membros superiores atróficos, foi o que restou da deficiência.

Minha mãe conta que foram tempos difíceis, mas abundantes em graça.
Tudo era diferente, parecia uma preparação.
Ela organizava as prendas para a noite da festa ao Divino Espírito Santo, durante o dia pedintes apareciam e ela os saciava com as delícias 5.caseiras: bolos, rocamboles, doces, ‘’ bom bocados’’, balas, frangos... e assim ia organizando tudo outra vez.
A festa duraria três dias sob a coordenação espiritual do Padre Ivo.

No primeiro comecei com febre, dores nas pernas, dizia que ia morrer ou andar.
Assim continuou o processo, o médico local fez o que deveria ser feito e nada...
Febre, dores terríveis, choro.
Chegou o grande momento: a procissão!
Quero ir, eu gritava, chorava, como já disse ganhei no grito!
Estava no colo de AUXILIADORA, a missão era dela, ali, ela tornou-se a ‘’auxiliar’’ no grande momento da INTERVENÇÃO DIVINA, do sopro do

ESPÍRITO SANTO:
GRITEI TÃO FORTE, ASSUSTEI...
DESCI E ANDEI...
FUI ANDANDO À PROCISSÃO!

Hoje, reconheço que milagre não é magia, nem só espanto, mas a intervenção da infinita bondade de DEUS de forma concreta, transformadora.
Se ficarmos atentos sentiremos ‘’grandes milagres’’ no nosso dia a dia.
Minha história tomou outro rumo, ela foi transformada por um sinal eficaz que permanece com o mesmo sentido ontem e hoje.
O pedido de uma criança e a vontade de transformar o meio em que vivia tornara-se realidade.
Volta à São Paulo e no consultório a equipe médica unânime: a medicina não tem resposta!
Novas radiografias, resultados normais, novos paralelos e nada a discutir.
Ausência de movimentos?
Só nos membros superiores!
Questão que teria que resolver mais tarde, só que já estava solucionada:
Nada de cirurgias, nada de pinças.
Já não existia limite, o que restara, passou a significar:
O AMANHÃ, O FUTURO!
- incentivo;
- portas abertas;
- liderança;
- novas opções;
- possibilidades diferenciadas;
- sucesso pessoal, profissional.
Hoje, considero, o meu pedido para andar, o meu primeiro ato de empreendedorismo e confiança em DEUS.
Eu queria mudar, na minha ingenuidade, na minha fé infantil, pedi.
Para quem?
Para o Pai, um Pai que atende as pessoas que confiam NELE, era assim que ouvia de meus pais, pois fui criada num lar que reinava, naquela simplicidade, a fé adulta.

Acreditou, pediu, ganhou, mudou, celebrou!
6.Agora o melhor de tudo:

Sucesso espiritual, posso dizer assim, pois mesmo com quedas, erros, fragilidades, carências ... sei que posso contar com a fortaleza e a misericórdia de DEUS!
Esta é a minha base: olhar o PASSADO, viver o PRESENTE e ter a certeza dos novos passos, pois estou sempre atenta ao projeto de vida que DEUS, na sua infinita bondade quer para mim.

Hoje, moro em Franca, a minha cidade do coração, hoje, não, há 50 anos, somos em 9 filhos, meu pai já não está conosco, minha mãe a ‘’ grande heroína, está com 84 anos de fé, alegria e confiança na ação divina em nossas vidas.
Aposentei – me como professora universitária, Literatura e Artes, Letras e Educação Artística com Especialização em Semiótica.
Pertenço à Associação dos Pintores com a Boca e os Pés, como artista plástica tenho obras selecionadas e reproduzidas no Brasil e exterior, minhas telas selecionadas são enviadas para Suíça e mais 70 países.
Participo de salões em todo Brasil e tenho algumas medalhas, troféus e menções honrosas.
Como escritora oscilo entre prosa e poesia, o meu livro ‘’REALIZE...TUDO O QUE SEU CORAÇÃO DESEJA ‘’, está na segunda edição e ficou entre os 3 finalistas no Premio Sentidos, nível nacional, com 1.083 inscrições.
- ‘’ERA UMA VEZ UMA GAROTA DE OLHOS ENCANTADOS’’ e ‘’ A ESTRELA DE UMA PONTA’’ são livros de inclusão infantil.

HISTÓRICO
EXPOSIÇÕES
- BRASIL E ARGENTINA
- SÃO PAULO =
PINHEIROS, MORUMBI, REATECH E MEGA ARTESANAL, SAGUÃO DO MASP E MAM
- FRANCA – SALÃO DE ABRIL, INDIVIDUAL E COLETIVAS, NÚCLEO ARTILOKA, ATELIER DECOS
- SEMANA PORTINARI
- ARGENTINA – MUSEU EDUARDO SÍVOLI
- SUIÇA PELA APBP – 22 TELAS SELECIONADAS E 10 REPRODUÇÕES – BRASIL, CANADÁ, ARGENTINA, PEQUIM, FINLÂNDIA E NORUEGA
- ESTILO ACADÊMICO
TEMPO DE PROFISSÃO
- PROFISSIONALMENTE HÁ 8 ANOS NA ASSOCIAÇÃO DOS PINTORES COM A BOCA E OS PÉS

MARIA GORET CHAGAS
EM MEU SITE VC COMPROVA TDS OS DADOS



terça-feira, 22 de dezembro de 2015

...Quinto dia de exposição dos pintores com a boca e com os pés - Luciano Alves...

No quinto dia de nossa exposição, venho apresentar um grande amigo com um talento maior ainda, abaixo confira sua história e suas obras de arte.

Filho único, Luciano Oliveira Alves do Nascimento, morador do Rio de Janeiro, ficou tetraplégico aos 15 anos, devido a um acidente na praia do Arpoador no dia 12 de janeiro de 2002.
Deu entrada no CTI do hospital Miguel Couto desenganado pelos médicos, mas apesar do diagnóstico, Luciano teve uma melhora clínica surpreendente. No mesmo dia em que saiu de alta do hospital foi para ABBR (Associação brasileira beneficente de reabilitação) onde ficou internado a princípio para reabilitação.
Posteriormente passou a frequentar a instituição duas vezes por semana para continuar o tratamento. Foi um período de conhecimento sobre sua condição, aprendizado com experiências de outras pessoas, readaptação dos seus hábitos, fisioterapia e busca de adaptações que o tornaram mais independente dentro de suas limitações.
A arte surgiu na vida de Luciano Alves de forma rápida, intensa e despretensiosa. Após uma oração a Deus e em meio a um processo de reconhecimento pessoal, enveredou pela pintura, caminho até então desconhecido.
As telas do pintor retratam natureza, infância, cotidiano, esportes, paisagens, além do recente estudo de figuras humanas que o artista tem se dedicado. Admirador da obra de Van Gogh possui tendência às cores quentes, dando um ar tropical às suas obras.
Em 2003, realizou sua primeira exposição. No ano seguinte aceitou o desafio de fazer uma demonstração de pintura ao vivo, no SESC - Ramos, que lhe rendeu muitos convites para exposições em diversos lugares do Brasil.
No mesmo ano, conheceu a Associação de Pintores com Boca e os Pés - APBP. Enviou alguns trabalhos para a curadoria, na Suíça, e no início de 2005, já fazia parte do grupo seleto de pintores que a Associação incentiva através de uma bolsa de estudos.
A arte abriu um novo horizonte para Luciano. Participante de palestras de motivação, inclusão e acessibilidade, ele ajuda pessoas a resgatarem seu valor enquanto seres humanos, usando como parâmetro a própria vivência. Ele ensina, entre outras coisas, que o deficiente precisa olhar por cima, além do foco, além do problema para só assim compreender tudo o que é capaz de fazer.
As obras do artista já foram expostas em vários países do mundo e em outubro de 2009, Luciano fez sua primeira viagem internacional para participar de Workshops de pinturas no hotel Hilton e expor no Museu Eduardo Sívori - Buenos Aires / Argentina – no primeiro encontro de artistas da sul-americanos da APBP.
Em 2012, Luciano concluiu o curso de jornalismo, na Faculdades Integradas Hélio Alonso – FACHA. Foi trabalhar como analista de comunicação na ABBR e no seguinte tornou-se o coordenador de comunicação da Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas – ABFC. 
Atualmente, Luciano está concluindo um MBA em administração de marketing e comunicação empresarial. Continua expondo, ministrando palestras e é ativista na causa da pessoa com deficiência.







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Todos os direitos autorais são reservados à Associação dos Pintores com a Boca e os Pés

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

...Com sua arte Kazê impressiona, quarto dia de exposição dos pintores da APBP...

Tive a honra de conhecer este brilhante artista pessoalmente.
De alma livre, suas pinturas impressionam, em nosso quarto dia de exposições conheçam o Kazê...

Carlos Eduardo Rosa Fraga (Kazê)
42 anos


Um amigo meu que já faz parte da associação de pintores com a boca e os pés, me convidou para fazer parte da mesma.

 Eu disse que nunca tinha pintado nada nem com as mãos, com a boca então seria muito mais difícil...

Mas como gosto de desafios, aceitei fazer uma experiência; pintei um pôr-do-sol, que todos falavam que parecia mais um ovo frito. Fiquei seis meses sem pintar. Até que conversando com uma amiga, que é uma excelente pintora, se ofereceu para me dar aulas. Aceitei na hora. Com sua ajuda pintei os seis quadros necessários para mandar para a associação, na Suíça, para ser avaliado. Um ano depois recebo o telefonema dizendo que fui aceito. Fiquei muito emocionado com essa notícia maravilhosa.

 Tenho muito orgulho de fazer parte da APBP, e continuo fazendo cursos para me aprimorar cada vez mais na arte de pintar.

Nascido em 08 de março de 1973, no Rio de Janeiro/RJ. Ficou tetraplégico aos 18 anos em um
acidente onde um carro desgovernado o atingiu. Adora viver as coisas simples da vida, sempre que pode aprecia o pôr-do-sol, que por sinal foi uma de suas primeiras telas. Tem muita força, sonhos e projetos pessoais a serem realizados.

Ana Pintando
60 x 80
Óleo sobre madeira

Dupla realidade
30 x 40
Acrílico sobre Tela

Vida Saudável
30 x 40
Acrílico sobre Tela






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domingo, 20 de dezembro de 2015

... Terceiro dia de exposição dos pintores com a boca - Jeferson Maia - APBP...

Nossa exposição continua, hoje apresentamos Jeferson Maia. Lendo sua história percebemos a magnitude de suas realizações.
Muitos dizem que não desistir é o caminho, poucos entendem que mesmo não desistindo, ainda há desafios e muito pelo que lutar. Jefferson demonstra isso tanto em sua pintura quanto em suas palavras.
A coragem vem da fé e da força de vontade de jamais se render.
Confira as obras e a história de nosso artista!

HISTÓRICO PESSOAL

Nascido no Rio de Janeiro, RJ, ex-profissional da Bacia de Campos no mergulho profundo. Tetraplégico aos 23 anos em 1987, por um tiro na coluna cervical, vítima de um assalto com lesões posteriormente agravadas num acidente de carro após noitada e bebida alcoólica.
No processo de reabilitação, atuação no paradesporto: Natação (campeonatos 92, 93, 94, 95); Rugby em Cadeira de Rodas - pioneirismo da modalidade no mundial Rio-2005, ex-Presidente/atleta do RioQuadRugbyClube (1º Campeão Brasileiro CPB/2008), e capitão da 1ª seleção Brasileira na Colômbia em 2008); Pesca - títulos nas Desportivas Adaptadas da Confederação Brasileira de Pesca CBPDS/Clube Barracuda.

* Iº Troféu Beija-Flor – RIOVOLUNTÁRIO, 05/12/97; Condução da Tocha Olímpica Jogos Parapanamericanos de 2007; MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES, Câmara Municipal de Mesquita, 20/04/2010 e Câmara Federal dos Deputados - fevereiro/2013 e Medalha da Vida Operação Lei Seca - Alerj - 2014; MOÇÃO DE RECONHECIMENTO - Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Formação em Pedagogia, 2004, funcionário do estado agente SEGOV/RJ - Operação Lei Seca; ações sociais, projetos educacionais e de conscientização; Conselheiro/colunista do extinto jornal NA LUTA; co-criação do Mergulho Adaptado, HSA - Brasil e Passeata Superação-Rio; ex-Instrutor/bolsista no projeto MOTRIX do NCE/UFRJ; colunista em: www.brazilworldarts.com, e www.rampadeacesso.com. Fundador/ pioneiro das Alas de carnaval inclusivas: G.R.E.S. Tradição e Portela, e Agremiações Mirim, Estrelinha da Mocidade e MEL do Futuro; Freelancer Emprol-RH Palestrante PcD Motivacional
  * No envolvimento artístico, desde 2009, adaptando-me com a tetraplegia e a limitação nas mãos pintando com a boca de forma autodidata e troca de conhecimento. Hoje, pintor artístico, membro bolsista exclusivo da Associação de Pintores com a Boca e os Pés (APBP) www.apbp.com.br, com obras reproduzidas mundialmente em calendários e cartões; atuações em matérias de mídia, apresentação ao vivo, exposições e concursos, com * 02 Participações Convidado Especial: uma obra na Bienal de Vidigueira - Portugal - 2010 e Salão do Mar do Clube Naval - 2014/2015; * 02 Menções Honrosas: Salão do Corpo de Fuzileiros Navais - 2013 e 45º Salão de Artes do Clube Naval - 2014; * 02 Medalhas de Bronze: 69ª Regata Escola Naval (gincana de pintura) - 2014 e  VIII Salão Brasil, Beleza e Cores Sociedade Brasileira Belas Artes SBBA - 2014; 01 Placa Premiação 2º lugar - 2º Salão Artes Plásticas Medalhística Militar ABRAMMIL - 2014; 01 Grande Medalha de Bronze - Salão Rio 450 anos SBBA - 2015 e 01 Medalha de Prata - Salão de Maio SBBA - 2015.
* Artista plástico (pintor exclusivo VDMFK/APBP) com figuração artística em: www.inclusivas.com (Reprodução comercial proibida)
Obras Pintadas com a boca!

IMG 1: Acrílica em tela - 40x50 - Patrulha 
IMG 2: Acrílica em tela - 40x50 - Costão da Urca
IMG 3: Acrílica e painel - 30x60 - Visão da Baia


Todos os direitos autorais são reservados à Associação dos Pintores com a Boca e os Pés



sábado, 19 de dezembro de 2015

...Uma arte que faz apaixonar - Gonçalo Borges - artista plástico APBP...

Estamos no segundo dia da exposição de Natal, Vida de Tetra.

Hoje apresentamos Gonçalo Borges! Sua história e sua arte impressionam, preparem-se para se emocionar e descobrir o quanto especial um ser humano pode ser...

No ano de 2000 o artista deixou de ser bolsista para ser membro da Associação de Pintores com a Boca e com os Pés. Confira sua história abaixo e aprecie suas obras de artes. http://www.goncaloborges.com.br/

Gonçalo Borges.

Novo Horizonte, Estado de São Paulo, 08 de janeiro de 1952: foi ali, naquele instante, que eu, Gonçalo, nasci, tendo como paisagem de fundo a fazenda onde meus pais trabalhavam.
Contando todos, éramos seis: mamãe, meu pai, meus dois irmãos, eu e vovó. Aliás, foi ela, vovó, quem fez meu parto. Um susto que não esqueceu nunca!
De repente, olha um bebê vindo ao mundo com as pernas para cima dos ombros e, entre elas, os braços! Uma maneira original de nascer, que ficou marcada em sua memória até o fim da vida. E foi numa casa de pau a pique, sem nenhum recurso hospitalar...
Mas eu já estava aqui, no planeta, e não pretendia deixar cair a peteca só por causa de alguns detalhes de design genético.
E não deixei. Desde cedo, minhas artes começaram, em todos os sentidos. Talvez com medo de me deixarem sozinho enquanto davam duro na roça, meus pais me levavam com eles para o trabalho. E foi lá, esperando que terminassem o serviço, que aconteceram minhas primeiras tentativas de trocar literalmente as mãos pelos pés, que usava para abrir garrafas de água ou café.

Orientados por alguém, meus pais vieram para São Paulo, a capital, buscar ajuda para meu caso no Hospital das Clínicas. Não foi fácil. De repente, virei matéria de estudo, passando por vários exames de saúde física e até por testes psicológicos, talvez para verificar meu estado emocional, que na verdade sempre foi, por paradoxal que seja, simplesmente ótimo. Lá, me submeti também a uma cirurgia no braço esquerdo, próximo à região do cotovelo, visando facilitar movimentos. Facilitou mesmo! Como isso tudo demandava tempo, junto comigo veio toda família. Éramos agora, habitantes da cidade grande, vivendo numa casa que meu pai alugou no bairro da Penha.

Aos 5 anos – comunicação sempre foi meu forte - eu já tinha muitos amigos. 
O quintal de nossa casa era grande, havia muitas famílias nas proximidades e, consequentemente, crianças também. 
Eu gostava de ficar na rua de pés descalços, brincando de carrinho, bolinha de gude, empinar pipa, soltar balões... O que, devido a minha deficiência nos braços, eu fazia com a boca ou com os pés. Foi nessa época que, pelo mesmo método, comecei a desenhar e a pintar na rua.
Aos 7 anos, já era a peraltice em pessoa. O número de amigos se multiplicou, incluindo agora pessoas mais velhas, que me levavam para passear e brincar com seus filhos. Minha mãe, muitas vezes, ficava apavorada com minhas saídas: é que eu esquecia de avisar e ela, sem saber onde eu estava, quase morria de preocupação.
Então, pensando em comprar uma casa, minha mãe começou a trabalhar. 
Eu e meus irmãos, a partir daí, ganhamos outra mãe: minha avó, que cuidava de todos nós.

Quando cheguei aos 8 anos, minha mãe procurou uma escola. Eu já estava atrasado nos estudos, e era hora de começar. Junto, começaram também as dificuldades geradas por preconceitos da sociedade com a minha deficiência.
 
A diretoria, alegando que minha presença atrapalharia os outros alunos por causa de minha forma de escrever com a boca ou com os pés, não aceitou meu ingresso. Por mais que tenha insistido, minha mãe não conseguiu fazer com que mudassem de posição.
Foi quando alguém indicou a AACD (Associação de Assistência à Criança Defeituosa). Lá, em regime de internato, além de aprender a ler e escrever desenvolvi minhas habilidades de desenho e pintura, pratiquei natação e mergulho, pratiquei datilografia (ou seria pedilografia?) e realizei inúmeros trabalhos manuais.
Por ser uma pessoa extremamente extrovertida, conquistei muitas amizades. 
Até fui eleito garoto símbolo da AACD. Também participei de vários concursos de desenho em campanhas educativas, como de trânsito, as de prevenção para não soltar balões, etc. E ganhei prêmios, inclusive da UNICEF!
Durante minha época de AACD fiz ainda parte de um grupo de lobinhos, e logo passei a ser escoteiro, graças a minha facilidade em aprender tudo que me ensinavam. Quando lobinho fui também o menino símbolo do movimento. 
Isso foi muito bom para mim, porque me proporcionou a possibilidade de realizar viagens a vários estados do Brasil, participando de inúmeras comemorações.
Permaneci na AACD durante 6 anos. Ao sair de lá, meus irmãos mais novos pouco me conheciam, pois só vinha para casa 2 vezes por ano, nas férias. Eles não se escondiam de mim, mas perguntavam a minha mãe quem era aquele “cara estranho”. Daí para frente comecei tudo de novo, reconquistando gradualmente os amigos da rua onde morava. Logo, estava totalmente entrosado, jogando bola, bolinha de gude, soltando pipas, brigando... enfim, uma infância muito gostosa, coroada de amizades e de alegria.

Quando tinha 17 anos, um acontecimento marcante: um amigo, que trabalhava como office-boy, foi buscar para seu patrão uns cartões de Natal e comentou com a pessoa que o atendeu sobre mim. Eles ficaram interessados em me conhecer e marcamos um encontro. Quando me viram, foi uma grande surpresa.
Não podiam imaginar que eu era a pessoa que eles estavam esperando. Esta empresa chama-se Associação Pintores com a Boca e os Pés.
Na época, o Sr. Carlos Henrich, hoje já falecido, era o diretor responsável pela publicação e vendas dos cartões. Ele fez uma visita a minha casa, pediu que mostrasse meu trabalho.
Em seguida, me apresentou à diretoria da Associação para uma avaliação. 
Foi quando, aprovado como artista bolsista, passei a receber para estudar desenho e pintura. Então, após quase um ano, tive minha primeira obra publicada nos cartões de natal. Finalmente!
Daí, não parei mais. Fiz cursos de desenho e pintura, primeiro por correspondência, depois numa escola de desenho e pintura do Sr. Sarau. 
Tive também um professor particular. De início só pintava com tinta óleo, mas quando ganhei um curso de desenho e pintura na Associação Paulista de Belas Artes, aprendi a pintar com tinta aquarela e guache e, o que é mais importante, estendi muito minha experiência, trabalhando com modelos ao vivo, nus e outras situações.
Sempre querendo melhorar e me aperfeiçoar, prestei vestibular e cursei Comunicação Social (propaganda), enquanto fazia layouts para algumas agências de publicidade e pintava para a Associação.
No ano de 2000, deixei de ser um simples bolsista e passei a ser membro da Associação. Com isso, ganhei o direito a voto em decisões da direção da organização, que já está em mais de 60 países e tem aproximadamente 500 artistas em todo o mundo.
Estes são, por enquanto, os fatos que pontearam minha existência, me empurrando sempre para frente, apesar e, até, graças a minha deficiência, que me fez superar limites e atravessar fronteiras. Mas minha história, podem ter certeza, não vai acabar por aqui. Estarei sempre construindo um futuro melhor para minha pessoa e minha arte, com trabalho, determinação e a certeza de que o futuro reserva, graças a este Poder Misericordioso e Justo que rege o mundo, dias de muito sucesso e gratificação aos que, como eu, enfrentarem seus desafios e acreditarem em seu talento.




Todos os direitos autorais são reservados à Associação dos Pintores com a Boca e os Pés




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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

...Conheçam Daniele, artista plástica com a boca, APBP...

Para iniciar a semana de presentes da união dos espaços virtuais Vida de Tetra e o Espelho das Eras, gostaríamos de apresentar um pouco dos artistas da Associação de Pintores com a Boca e os Pés (APBP).

Tenho orgulho em demonstrar histórias de coragem, vitorias e superação. Pessoas que transformam todos os dias o impossível em grandes milagres.

Entre elas, conheçam Daniele, suas pinturas retratam a arte dos sonhos e do viver.
Leiam um pouco sobre ela, nas palavras da própria artista.

Nascida em 14/9/1983, Rio de Janeiro, RJ. Ficou tetraplégica após ser atingida por um tiro de arma de fogo (bala perdida). Começou a pintar na reabilitação e com a pintura, se aproxima dos seus sonhos e de uma qualidade de vida melhor. Foi daí que a pintura abriu meus horizontes, hoje em dia não vivo sem pintar...

Confiram os quadros desta magnífica pintura:

Primeira obra: Moça caminhado na praia (Tamanho:41+33)
Segunda obra: Cachoeira romântica (Tamanho: 30+40)
Terceira obra: Barcos brasileira (Tamanho: 41+33)


Todos os direitos autorais são reservados à Associação dos Pintores com a Boca e os Pés



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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

...Prisma...

 Um quadro que será capa de um novo livro que já estou pela metade, Prisma, Prisma em Vida, um sentido para continuar.
Em 1995, fui atropelado ficando tetraplégico, hoje sou escritor, pintor...
Veja mais das minha postagens em meu blog.
Vejam um pouco das minhas entrevistas também.

Entrevista para o programa Terceira Visão - Parte 1:  
https://www.youtube.com/watch?v=B2FUw82Eyhc

Entrevista para o programa Terceira Visão - Parte 2:
https://www.youtube.com/watch?v=EBTcxCD9TVE

Entrevista para o programa Terceira Visão - Parte 3:
https://www.youtube.com/watch?v=lSNRfUb0I-c


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