sexta-feira, 22 de outubro de 2010

...Dilema de um Herói...

Do que adianta eu voar, se não posso carregar quem desejo proteger? 
Mudar o curso da terra, o tempo, a historia? 
Erguer-me por todos que precisam de mim, se no fim só restará o estigma da solidão? 
As lágrimas derramadas pelos que não pude proteger superam a felicidade de ver os sorrisos dos que salvei. 
Então, por que continuar neste caminho de espinhos? Submetendo-me a cada mundo criado por corações desolados, perdidos em meio à dor? 
Como queria que minha alma não portasse as respostas, sigo enfrentando os vales das sombras, procurando a luz de cada um, uma maneira de derrotar todas as trevas. 
Trazendo enfim um sentido, um motivo para sorrirmos. 
Caminho entre as estrelas de cada vida percebendo que a noite é passageira, além deste horizonte envolvente, onde as nebulosas se tornam buracos negros, me jogo de cabeça buscando vida, rezando por esperanças, imaginando toda a luz que há do outro lado. Assim suporto a cruz de um herói, em busca do amor só vejo meu próprio reflexo, as chagas de um coração guerreiro.



3 comentários:

Unknown disse...

Você sabe de minha admiração por ti, e sabe o quanto me faz bem ler seus poemas, me ajudam e fortalecem meu crescimento, foi muito bom conhecer você, e esse poema refletiu a sua alma, que o torna ainda mais belo, beijos
Fabi

Geraldo Sarti disse...

O Herói é só.Não é um dilema;é um axioma.

Unknown disse...

Herói não é quem faz um grande ato heróico. Herói é quem se inquieta por não ter feito ontem o seu pequeno ato heróico de cada dia.

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