Posso ver as cores florescerem Pois a vida nos tons, vivida Parece em meu coração uma eterna canção
Sinto a dor dissolver no ar
E tirando os pés do chão, posso voar
Dançar na imensidão
Ouvindo as batidas do meu coração
Na sinfonia de alegria
Um simples louvor a própria vida
Das experiências que nunca acabam
Pelas pessoas que amam
Cores voltam a brilhar
E sinfonias sempre estarão no ar
Para que um dia cantemos a mesma canção
E o mundo possa se encher de todo aquele mel
Da mais pura emoção
Mesmo que a escuridão venha a alcançar
Siga a acreditar
Que neste infinito mar
Que tantas vezes chamamos de vida
Há ajuda divina
Nunca se esqueça dessas palavras
E as leve sempre contigo
Às vezes nos perguntamos se o mundo é um lugar bom
Muitas vezes nos vemos passando por dificuldades gigantescas
Medos que paralisam, terrores que não temos coragem de olhar
Como se vivêssemos em um quarto escuro, repleto de barulhos
e sombras incompreensíveis
O coração solitário apenas pergunta por que, e em meio ao
vazio tentamos encontrar as peças de um quebra-cabeça que não pode ser montado
Incompreensão e a terrível dor que jamais passa, parecem não
ser mais inimigos, mas sim companheiros, pois há tanto tempo convivemos com
eles que já não há como diferenciar carícias de mais um combate violento
E quando afundamos mais ainda, as lágrimas parecem encher um
poço sem fundo, sem medidas
Quando a realidade se apresenta na forma de mais um açoite,
fecho os olhos e olho para trás
Veja quanto tempo levou para chegar até onde está, busque em
sua mente os slides dos eventos passados, tantos deles apresentaram-se como
barreiras intransponíveis
Continue apesar das montanhas das dificuldades que foram superadas,
e agora abra os olhos
Sinceramente me diga o que pode te derrotar, pois como
possuidor de uma alma guerreira que jamais desiste de ultrapassar seus limites,
você teve que renascer das cinzas do seu próprio sofrimento e abrir as asas
para mais um voo intenso e livre
Mesmo carregando o mundo nas costas, conseguiu atravessar
desertos e mares, muitas vezes pela fé, e outras pela pura força de vontade
Não tive nenhuma vez sequer que não pude dar mais um passo,
me uno a mais um passo e, com mais um, te garanto que o destino se aproximará
Encare-o com coragem, pois insistir já é uma vitória
O mundo pode te causar feridas e muitas vezes você urrará de
dor, mas sinta aquela força infinita que nitidamente envolve e preenche todo o
universo, aquela força que te permite fazer o milagre de escrever a sua própria
história
Admita que as letras não fomos nós que inventamos, admita
que mesmo a dor mais intensa faz parte da jornada
Não se importe com a chegada, apenas aproveite a estrada,
lute pelos seus reais propósitos, pelos seus verdadeiros sonhos e conquiste os
frutos da árvore que você mesmo plantou
Respire e inspire, torne a respirar, pois já está mais perto
o lar que tanto sonhou
E mesmo que morra cem vezes, saiba que poderá ressuscitar
cento e uma
Pois às vezes, não há um propósito, apenas a escolha de
continuar prosseguindo, ultrapassando a escuridão para chegar a luz
Seja grato
Seja forte
Saiba que não está sozinho, mesmo quando olha pros lados e
não vê ninguém
Neste mundo, há muitos como você, que
conseguiram e ainda estão trilhando passos da vitória.
Posso voar entre cores, desvendando segredos e encontrando novos amores. Dançar sobre as águas, que escondem mistérios e em sua própria melodia, deságuam em ritmos. Transbordante e alucinante, como a luz refletida que forma arco-íris em cadentes cachoeiras.
Continua, sim, a viver, construindo e suspirando, trazendo a cada dia a magia de continuar a viver. A arte me leva e conduz minha alma como correntes tranquilas ou sóis que me fazem flutuar. Ao som de castanholas eu volto a dançar.
Colorindo meu mundo e traçando através do carvão o destino da minha vida. Desenhos perfeitos de sorrisos que tornam a lembrar, mais uma vez contemplando o luar. Hoje e sempre, a cultura do amar alimenta a minha vida, que por linhas tortas, mas corretas, fostes também escritas.
A paixão descrita no poema, emoção que vem com uma canção, ilustrada por riscos e rabiscos, ritmada aos pés, passos e compassos. Saltando graciosamente, refletindo as cores destas fotos, que em preto e branco dizem tanto. Volto a admirar a arte que há em mim, volto a contemplar o louvor de suspirar. Pois acredito no infinito, e acredito no possível. Onde o bailar inspira e arranca sorrisos, e as cores de uma escultura com suas formas refletem o movimento do agora.
A arte que volta a transbordar, a arte que volta a cantar.
Texto elaborado por Thiago Ribeiro Santos e dedicado à Exposição Virtual.
Construir um sonho trilhando o caminho das lágrimas, onde a dor se torna motivação e os sorrisos, puro combustível. Assim vivemos, assim continuamos a viver, cultivando em nós o poder, transformando a realidade em tinta e os passos de nosso aprendizado em desenhos bem elaborados.
De cartões a calendários, alicerces de um viver. Exposição em exposição, o valor que todos merecem ter. Transcendendo limites e querendo mais, desfrutando da vida e encontrando a paz.
Continuamos tentando ser úteis para viver e inspirar. Continuamos tentando ser livres e, com as mãos, o mundo poder segurar. Nas imagens, rosas, nas imagens, casas, nas imagens podemos ver e, talvez, pintar um amanhecer. Que este amanhecer venha para todos nós. Que continuemos a trilhar, gritando em uma só voz.
A vida é conquistar, a vida é poder amar, a vida é sempre querer ultrapassar os limites das pernas, transcender e viajar por lugares que ninguém foi, dançar músicas que ninguém dançou. Nas cores encontro quem sou, nos desenhos, encontro meu valor.
Texto elaborado por Thiago Ribeiro Santos e dedicado a Exposição Virtual.
Esta é uma homenagem que uma vez um amigo fez para mim, e hoje venho compartilhar com vocês.
Como uma das atrações deste ano, apresento Juarez Penna, esse meu grande amigo faz um incrível trabalho divulgando pintores, cantores, desenhistas, enfim, artistas de todos os estilos que brilham pelo Brasil.
Que abra os céus, das estrelas à luz, a iluminar e refletir o mais belo brilho do olhar que lanço a observar
Que a Terra pare, contemplando a imensidão das vidas que agora nascem, das vidas que se vão
O mundo é agora assim, o tempo e a época que beiram ao fim.
Que se abra as águas, nas marés ondas a bailar, lançando o azul que se mistura ao branco e me faz admirar o quão imenso e nada doce se tornou a fúria deste
mar
Que abra o fogo se fazendo presente, fazendo-se ascendente e cadente, queimando a tudo que toca, como se pra ele não mais importa se a vida quer existir ou se lágrimas irão
sucumbir
Os elementos continuam em fúria, trazendo tormentas e varrendo o caos das tempestades humanas
E as vezes me pergunto, será que continuaremos a existir? Lutar por sonhos e sorrir?
Ou apenas aguardaremos o tempo? Pois se até aqui viemos, chegaremos ou largaremos?
O que diz seu coração, lutará em meio a angústia e a aflição? Ou pedirá paz a caminho da redenção?
Sentado neste banco de praça vejo crianças a brincar
Em meio a balões vermelhos e azuis, uma figura misteriosa em preto e branco sobe escadas imaginárias
E as carrocinhas oferecem guloseimas distribuindo gargalhadas
A aventura não para, pois mesmo sendo levada pela idade, a juventude permanece em mim
Cães passam, e pintores colorem o mundo
O tempo é assim, maravilhoso e cruel, trazendo ao meu olhar a felicidade de observar
Quem me dera outrora, onde não via o mundo cor de rosa e só pensava em andar com sapatos sociais, tivesse a consciência de parar só para admirar a bailarina treinando
seus passos no compasso perto a este banco, que agora repouso e descubro o valor da vida
Mas é claro que ainda sonho! O futuro é para todos, não é mesmo?
Então vivo e me divirto, hora ofertando migalhas de pão às aves
E em outras horas ouvindo a melodia do caminhão de sorvete
E mesmo que o ritmo diminua, jamais deixarei a música parar, pois vivo a maior das aventuras, o doce olhar, a visão do amar.
Viver é como subir no mais alto das montanhas e de lá gritar
Correr por dias sem se cansar
Lutar e lutar contra aquilo que não pode se ver
Quantos entenderiam
O sonho que é viver para realizar seus sonhos
Se realizando através da fragilidade e assim tornando-se algo mais forte
Pois viver continua sendo mergulhar em um precipício sem poder respirar, vendo corais e peixes que possuem cores jamais vistas, e mesmo assim se aterrorizar com a imensidão
da água
Uma mistura de glória e desespero
Tomando ações que levam a consequências, e consequências que levam a outras ações
E não adianta se zangar, apenas embarque nesta montanha russa sem fim
Contemple o alto de uma roda gigante
Ou quem sabe, apenas ande por jardins onde as cores das flores lhe indicam novos amores
Afinal, quem neste mundo pode entender, o que é o verdadeiro viver?
Existir já não mais basta, pois sem poder deixar de respirar, ainda mergulho no mais profundo mar, subo as mais altas montanhas para contemplar alguns minutos de sua imensidão
E continuarei saltando, pulando, voando e vivendo intensamente
Com um sorriso largo e olhos vibrantes capaz de penetrar a alma e enxergar o destino, apenas um louco as vezes um pouco deslumbra o amanhecer da sabedoria, pois o sábio apenas sabe que nada sabe, e
um louco não sabe que sabe sobre saber.
Guiando a inocência em um olhar malicioso, tratando de igual para igual neste mundo tão desigual.
Ser assim, um conto impondo o crescer do ser, o desenvolver da própria loucura ou imaginação, que nesta canção bate meu coração.
Te acompanharei até o fim, mas tornarei deste fim um começo, onde ao regressar a teu mundo saberá que eu a conheço. A observei por muitos anos, e sim cara Alice, você é
tão louca que pôde enxergar a sanidade por trás deste conto de fadas.
Mas não quero ser entendido, muito menos compreendido, afinal um gato eu sou, e o que poderia saber um felino, sobre o amor ou o horror de ter a cabeça separada do corpo.
Apenas estou aqui e a observo, se precisar de um conselho é só pedir, pois agora sabe crescer e diminuir.
A resposta sempre estará nos lados do cogumelo.
Texto e obra feitos pelo artista Thiago Ribeiro Santos.
Pulei no abismo, e em meio ao salto, lembranças surgiram em minha mente, o que sabia não sei mais. Não via nada a não ser as águas se aproximarem trazendo o hálito
da morte.
Não conseguia enxergar meus motivos, não conseguia enxergar meu passado ou presente. Apenas olhava e apreciava as aves no céu, os lindos peixes ao longo do mar, e a brisa mais sensível
e pura que já havia sentido. Em alguns segundos testemunhei algo que procurava há muito tempo.
A sensação de liberdade ao cair e a expansão do tempo que a cada segundo pareciam horas.
Talvez a queda fizesse recordar do tempo de vida, das flores, e do ar puro do campo, do verde das árvores e o azul do céu. Logo percebi, não quero morrer. Apenas continuo buscar a vida.
Gostaria de ter aproveitado mais os momentos, tão belos, tão curtos, esses mínimos detalhes são o que tornam a vida uma coisa única, divina.
Meu corpo clamava por sobreviver, chorava de arrependimento, mas minha alma gritava por libertação... As vezes algumas coisas são necessárias.
Oro por um milagre, e neste momento sinto-me flutuar, o vento me conduzir em pleno ar, voando veloz para longe das tempestades que um dia chamei de trevas.
A dor trazida pela minha própria humanidade e os erros que cometi.
Voando para longe, além do mar, além das nuvens. Indo de encontro ao que sempre sonhei, um lar, um lugar que poderei viver em paz.