No quinto dia de nossa exposição, venho apresentar um grande
amigo com um talento maior ainda, abaixo confira sua história e suas obras de
arte.
Filho único,
Luciano Oliveira Alves do Nascimento, morador do Rio de Janeiro, ficou
tetraplégico aos 15 anos, devido a um acidente na praia do Arpoador no dia 12
de janeiro de 2002.
Deu entrada no
CTI do hospital Miguel Couto desenganado pelos médicos, mas apesar do
diagnóstico, Luciano teve uma melhora clínica surpreendente. No mesmo dia em
que saiu de alta do hospital foi para ABBR (Associação
brasileira beneficente de reabilitação) onde ficou internado a princípio para
reabilitação.
Posteriormente
passou a frequentar a instituição duas vezes por semana para continuar o
tratamento. Foi um período de conhecimento sobre sua condição, aprendizado com
experiências de outras pessoas, readaptação dos seus hábitos, fisioterapia e
busca de adaptações que o tornaram mais independente dentro de suas limitações.
A arte surgiu na vida de Luciano Alves de forma
rápida, intensa e despretensiosa. Após uma oração a Deus e em meio a um
processo de reconhecimento pessoal, enveredou pela pintura, caminho até então
desconhecido.
As telas do pintor retratam natureza, infância,
cotidiano, esportes, paisagens, além do recente estudo de figuras humanas que o
artista tem se dedicado. Admirador da obra de Van Gogh possui tendência às
cores quentes, dando um ar tropical às suas obras.
Em 2003, realizou sua primeira exposição. No ano
seguinte aceitou o desafio de fazer uma demonstração de pintura ao vivo, no
SESC - Ramos, que lhe rendeu muitos convites para exposições em diversos
lugares do Brasil.
No mesmo ano, conheceu a Associação de Pintores com
Boca e os Pés - APBP. Enviou alguns trabalhos para a curadoria, na Suíça, e no
início de 2005, já fazia parte do grupo seleto de pintores que a Associação
incentiva através de uma bolsa de estudos.
A arte abriu um novo horizonte para Luciano.
Participante de palestras de motivação, inclusão e acessibilidade, ele ajuda
pessoas a resgatarem seu valor enquanto seres humanos, usando como parâmetro a
própria vivência. Ele ensina, entre outras coisas, que o deficiente precisa
olhar por cima, além do foco, além do problema para só assim compreender tudo o
que é capaz de fazer.
As obras do artista já
foram expostas em vários países do mundo e em outubro de 2009, Luciano fez sua
primeira viagem internacional para participar de Workshops de pinturas no
hotel Hilton e expor no Museu Eduardo Sívori - Buenos Aires /
Argentina – no primeiro encontro de artistas da sul-americanos da
APBP.
Em 2012, Luciano
concluiu o curso de jornalismo, na Faculdades Integradas Hélio Alonso – FACHA.
Foi trabalhar como analista de comunicação na ABBR e no seguinte tornou-se o
coordenador de comunicação da Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas – ABFC.
Atualmente, Luciano
está concluindo um MBA em administração de marketing e comunicação empresarial.
Continua expondo, ministrando palestras e é ativista na causa da pessoa com
deficiência.
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Todos os direitos autorais são reservados à Associação dos Pintores com a Boca e os Pés
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