segunda-feira, 29 de outubro de 2018

...Sombras Dormentes...


Passam-se as horas, o tique taque do relógio amedrontava.
Me sinto tão cansado, a sombra da lua traz o manto da noite à cidade.
Onde fogueiras, tochas e lampiões não iluminam.
Posso ver por minha janela as feras uivando.
Sombras que não reconheço, que vão e vem, como se caçassem.
De quem será aquela pobre alma, que desavisada caminhava sob a noite?
Mesmo que quisesse, não avisaria, pois sei que me aguarda.
E em apenas um suspirar, fora desta habitação, eu seria o próximo.
A fechar meus olhos para o silêncio.
Ainda observo, mas estou tão cansado.

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