É duro saber que existem dores que corroem a alma de tal maneira a nos levar ao fim de nossas forças.
No fim do poço me debato com imensa angústia e violência tentando lutar, tentando vencer.
A água gélida a me envolver parece cortar como uma tempestade de navalhas.
Vendo a esperança e o amor voar como areia em um turbilhão de emoções, que aprisiona e escraviza.
São gastos meus últimos suspiros, escorrem as últimas lagrimas.
Temendo uma derrota que cada vez mais se torna iminente. As mãos já ensanguentadas insistem em subir, escalar as paredes de fragmentos de vidro.
Restando apenas a solidão, a escuridão prevalece e nestes momentos a salvação reside no olhar, nas carícias, no sorriso e no amor do anjo que me guarda.
Oh meu anjo, onde vos estais, que não lhe vejo, rogo-lhe que voe sob meu céu e ilumine meu caminho com suas asas douradas refletidas pelo astro-rei.
Aguardo ansiosamente o dia de nosso encontro, pois este dia será o dia mais feliz da minha vida.