Lembro-me de
você naquele vestido branco
Às vezes,
com olhos verdes, e outras, seus olhos da cor do mel
Dançava e
sorria
Olhava-me
como se eu fosse o único
Vidas e
sombras passadas
Escolhas sem
escolhas
Mais cem
anos a esperar
Um tempo que
não sei se voltará
Um dia
perceberá a verdade, pois além do amor, ela brilha e nos chama
Talvez, quem
sabe, apenas esse tempo foi nos dado para reparar todas aquelas folhas que
guardamos como lembranças
É difícil
vê-las secarem
E mesmo as
que cristalizaram e se tornaram permanentes
Perderam seu
brilho
O futuro não
me assusta, muito menos o presente
Sei o que me
espera
Mais uma vez
perseguidos por aquelas feras
Mas dessa
vez, não há o pilar de luz para nos salvar
Como me
sinto vazio em saber que em forma de luz viajei por eras, tempos, dimensões,
espaços
E apenas um
não, conseguiu quebrar todas as vezes que alguém em um passado inlembrável
disse, não
O que
conforta é que, dessa vez, houve escolha
Mesmo sem a
coragem de me olhar nos olhos, sendo eles verdes ou mel
Mas essa dor
é só minha
Agora fico
com aquela lembrança
Vivo com
aquela imagem
Entre danças
de salão que nunca poderei ter
E o toque
que jamais poderei esquecer
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