Sentado naquela velha cadeira, que de tão antiga tornara-se
minha companheira
Ouço o som arrepiante, e de certa forma agradável
O som que se arrasta pelas vidraças e em minha mente toma
forma da alma que vai me cobrar
Um fantasma gélido que faz os vidros tremularem
Arrancando aquele brrrr!
E, às vezes, chegando a assustar-me
Este som, esta voz, não sei, às vezes, me confundo, pois
parece ameaçar
Como se fosse um ladrão com uma faca ou navalha
Viajo em meus pensamentos, tentando esquecer o mundo que me cerca
Mas, de tempos em tempos, aquilo que não consigo definir
Talvez um som, talvez uma voz, ou quem sabe, um fantasma,
torna a trazer-me as velhas lembranças
Tento orar e pedir que vá embora
Mas o vento não permite
Trazendo de volta os velhos natais passados
Será que é imaginação?
Uma terrível ilusão
Ou quem sabe, apenas um aviso, dizendo para tornar meu
coração tão frio e fugaz
Quanto o velho e assombroso vento gélido, que vem me
visitar.
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