Dor, medo,
desespero?
Perdido em
meus pensamentos pergunto
Visando
profundamente o vermelho daquele olhar
Quebrado,
nada restou
Sem medos,
compaixão ou arrependimentos
Apenas
contemplando a força que vem da escuridão
Através do
reflexo, desperta a fera em mim
Buscando a
destruição, cada vez mais longe da redenção
Com seus
olhos mergulhados em sangue
Pois só, passo a passo, continuo
Alimentando
o mal, trazendo à tona a ira de não cumprir todas as promessas que fiz
Meus
fragmentos caem por um abismo sem fim, sem sons
Deixando
minha alma cada vez mais fria
Perdendo a
sanidade diante do meu próprio olhar que me julga através da janela
Tomado
pelas sombras desejo a morte, pois órfão de mim mesmo não mais ligo
Levada pelo
vento a sombra do meu reflexo, trocando novamente pelo eu que odeio
Sem razão,
motivo, só o vazio
Crucificado, dominado, atravesso meu inferno
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