Olho o nada, na esperança de ver
Quem eu quero ser?
As pessoas passam e parecem não ligar
Sozinho na calçada vivo a sonhar
Mas dentro de mim existe um vazio
A fome e a solidão me corroem
Uma dor tão grande que destrói
Será que um dia alguém olhará para mim?
Uma criança perdida em um sofrimento sem fim
Não tenho escolha, preciso ser forte
A ponto de às vezes até superar a morte
Não sei se sinto raiva ou apenas quero chorar
De encontro a tudo que penso, apenas queria amar
As pessoas tornam a passar
Segurando suar crianças pela mão
Porque a vida para mim sempre diz não?
Não, ao ter minha família
Não, aos meus sonhos
Não, ao poder andar com confiança
Mas sim, as lágrimas que tenho em mim
Quando poderei andar, quando poderei sonhar
Quando poderei amar
Continuo a seguir os passos de outros
E saciar minha fome nas lembranças de outrora
Pois acredito na aurora.
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