Sentado neste banco de praça vejo crianças a brincar
Em meio a balões vermelhos e azuis, uma figura misteriosa em preto e branco sobe escadas imaginárias
E as carrocinhas oferecem guloseimas distribuindo gargalhadas
A aventura não para, pois mesmo sendo levada pela idade, a juventude permanece em mim
Cães passam, e pintores colorem o mundo
O tempo é assim, maravilhoso e cruel, trazendo ao meu olhar a felicidade de observar
Quem me dera outrora, onde não via o mundo cor de rosa e só pensava em andar com sapatos sociais, tivesse a consciência de parar só para admirar a bailarina treinando seus passos no compasso perto a este banco, que agora repouso e descubro o valor da vida
Mas é claro que ainda sonho! O futuro é para todos, não é mesmo?
Então vivo e me divirto, hora ofertando migalhas de pão às aves
E em outras horas ouvindo a melodia do caminhão de sorvete
E mesmo que o ritmo diminua, jamais deixarei a música parar, pois vivo a maior das aventuras, o doce olhar, a visão do amar.
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