Esta é a primeira parte do vídeo, onde pinto um quadro para um amigo.
Esta é a segunda parte e conclusão do quadro que fiz para um amigo. Espero que curtam!
Me esforçando em mais uma obra, fazendo do impossível, possível!
Esta é a primeira parte do vídeo, onde pinto um quadro para um amigo.
Me esforçando em mais uma obra, fazendo do impossível, possível!
Quem pode entender
Viver é como subir no mais alto das montanhas e de lá gritar
Correr por dias sem se cansar
Lutar e lutar contra aquilo que não pode se ver
Quantos entenderiam
O sonho que é viver para realizar seus sonhos
Se realizando através da fragilidade e assim tornando-se algo mais forte
Pois viver continua sendo mergulhar em um precipício sem poder respirar, vendo corais e peixes que possuem cores jamais vistas, e mesmo assim se aterrorizar com a imensidão da água
Uma mistura de glória e desespero
Tomando ações que levam a consequências, e consequências que levam a outras ações
E não adianta se zangar, apenas embarque nesta montanha russa sem fim
Contemple o alto de uma roda gigante
Ou quem sabe, apenas ande por jardins onde as cores das flores lhe indicam novos amores
Afinal, quem neste mundo pode entender, o que é o verdadeiro viver?
Existir já não mais basta, pois sem poder deixar de respirar, ainda mergulho no mais profundo mar, subo as mais altas montanhas para contemplar alguns minutos de sua imensidão
E continuarei saltando, pulando, voando e vivendo intensamente
Ninguém pode me dizer o que é a vida.
Mergulhar no universo artístico em 1994 determinou uma mudança como nunca imaginei. Aos 25 anos de idade estava no quarto ano da tetraplegia, consequência de um mergulho em uma cachoeira. Sem poder realizar os sonhos que dependiam de liberdade física, questionava intensamente diante das limitações físicas. E foi nesse contexto que a pintura com a boca, mais que um presente, surgiu como uma possibilidade de ter a autonomia de planejar a vida.
A cada quadro concluído e posicionado nas paredes tornava menor o que era o meu ateliê, meu escritório, meu quarto e meu mundo. Assim compartilhava a minha realização com as pessoas que me visitavam e vibravam ao apreciar as pinturas e o quanto me sentia feliz por estar em atividade. Penso que ali surgiu o desejo de ter um ateliê para expor os quadros continuamente ao invés de guarda-los em prateleiras pela falta de espaço.
Ao longo de dez anos já havia produzido obras que foram expostas no Brasil e em outros países. Dessa forma realizava algumas vendas interessantes, contudo percebendo na prática que por mais que me dedicasse, não vislumbrava que um dia viveria de arte. Porém, em 2004 ingressei como bolsista na APBP (Associação dos Pintores com a Boca e os Pés), tendo enfim a almejada tranquilidade.
Enfim, foi maravilhoso vê-los com seus familiares, amigos e acompanhantes. Estavam visivelmente emocionados ao som das quatro estações de Vivaldi, executadas em violinos. Nesse clima circularam no ateliê e por toda a casa, quando nos juntamos para a troca de presentes e momentos tão marcantes preparados por minhas famílias e outras dezenas de pessoas que contribuíram para a concretização de mais um sonho.
Conheci o projeto do Heróis do Amor há alguns anos, no momento de dificuldade onde não podia fazer nada por mim mesmo.
Com dedicação e carinho, estes heróis que se denominam “Girassóis” acolheram-me com um amor inacreditável, e há muito tempo quero dedicar estas humildes palavras a essas pessoas que levam alívio às dores de tanta gente.
O projeto teve início com um grupo de enfermeiras do Corpo de Bombeiros do RJ, e com o desejo imensurável de ajudar o próximo oferecendo o que havia de melhor em suas capacidades profissionais. Um grupo que outrora via-se pequeno, começou a crescer e a obter colaboradores de várias profissões e segmentos.
Mas sabemos que o que torna algo grande é o coração e a vontade de transcender limites pelo e para o próximo. Por experiência própria venho observando o quanto estes heróis se sacrificam sempre e vão além. Em meio a escuridão, a luz dos Heróis do Amor brilham fortemente, vejo esta realidade em cada sorriso de cada criança ou jovem que deposita suas esperanças nos Girassóis.
Hoje venho homenagear este grupo que tanto amo, trazendo para vocês apenas um pedacinho de sua história e fotos, dizendo que é um projeto que vale a pena conhecer e que fazem parte de mim, parte da minha história. Entre pessoas e projetos, com certeza posso dizer que os admiro.
Conheçam mais: Heróis do Amor
Devo me deitar em meio a grama e olhar o céu
Após isso, deslumbrar as montanhas suspirando em meio a águas tranquilas.
Voltando de férias, assumindo a responsabilidade neste ano de levar cultura a arte ao máximo que pudermos àqueles que nos acompanham. Neste novo ano começamos com o pé direito, trazendo a vocês novas pinturas que foram feitas com a boca pelo artista Thiago Ribeiro Santos.
Muito obrigado a todos e bem vindos a 2022 no Espelho das Eras!