A partir do dia 09.06.2016, obra em exposição no museu Belas Artes no Rio de Janeiro. Os artistas da APBP comparecerão em peso.
Prestigiem e participem, garanto que valerá a pena!
Apenas um gostinho do que está por vir.
Rio Paraolímpico.
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quarta-feira, 8 de junho de 2016
...Novos trabalhos - Artes plásticas...
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
...Último dia da exposição virtual onde apresentamos os artistas que pintam com a boca da APBP...
Hoje encerramos a exposição de Natal, primeira exposição virtual Vida de Tetra.
Agradeço a todos por prestigiar nosso trabalho.
Obrigado aos artistas por suas contribuições e pela inspiração que trouxeram a todos neste Natal.
E para encerrar fiquem com a minhas obras e história...
Olá, meu nome é Thiago Ribeiro Santos e sou bolsista da APBP.
Após fazer uma ligação na padaria local em Belo Horizonte, no retorno para casa, atravessei atrás de um ônibus parado, o carro que vinha em sentido oposto não tinha visão e me atropelou, lançando-me para trás e, ao cair, bati o pescoço no meio-fio, o que resultou na fratura da vértebra C2, consequentemente, fiquei tetraplégico. Contaram-me que foram dez minutos entre o local do acidente e o hospital, e que neste tempo após a chegada tive inúmeras paradas cardíacas. Mas, sinceramente, só posso afirmar o que ocorreu ao acordar 15 dias depois no hospital.
O narrado ocorreu no ano de 1995, hoje tenho 28 anos e desde então precisei reaprender a viver, pois minha condição atual exigiu inúmeros conhecimentos completamente novos: como meu corpo funciona; como viver e conviver em relação à sociedade; e principalmente, a forma como eu me vejo. Após muitos anos e sem que meu espírito me permitisse desistir, mesmo com as vastas necessidades, novos sonhos e uma realidade diferente começou a se apresentar.
Hoje no Rio de Janeiro como escritor e artista plástico, através da arte sigo conquistando sonhos e fazendo o impossível.
FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO A TODOS!
ALGUMAS DAS OBRAS AQUI EXPOSTAS ESTÃO A VENDA, AOS INTERESSADOS ENTREM EM CONTATO.
Contatos:
e-mail: thi888@hotmail.com
blog: http://espelhodaseras.blogspot.com.br/
Cabana: 30x40
Manhã: 10x10
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
...Sexto dia da exposição de presente de Natal - Vida de Tetra . Espelho das Eras - Maria Goret...
Estamos
chegando na reta final. Hoje apresentamos Maria Goret
Particularmente
fiquei encantado com sua técnica de pintura, leia a sua história e prestigie
sua arte.
Minha
história
1. Tudo começou em Delfinópolis, 1951 ... nasci
tetraplégica ...
Lembro, na minha infância, os passeios nas
cachoeiras, carro: Jeep, cheio de crianças, matula¨: frango com farofa, muita
alegria, a disposição incansável de meu pai.
Foi daí que herdei esta disposição para descobrir o
novo, o nosso anjo da Guarda teve muito trabalho, cachoeiras, a de Santo
Antônio me marcou bastante, trilhas, precipícios, perigos que não víamos ...
perfeita harmonia entre criatura e Criador.
Não havia perigo?
Sim, mas a proteção era maior!
Lembro, ainda da loja de meu pai Casa São Paulo, uma
espécie de supermercado, tinha de tudo de tecido a chapéu... o que
imaginássemos ... ali tinha.
Ficava na esquina da praça, minha mãe com quatro
filhos, ajudava na loja, como meu pai, também era boa vendedora, não deixava
ninguém sair sem nada. Se apertava, começava a atender um, enquanto este
pensava atendia outro, não tinha estudo, mas tinha postura, gentileza, alegria,
sabia vender para ‘’vencer’’.
Meu pai, nem se fala ‘’comerciante nato. ’’
Eu ficava sentada em cima do balcão desenhando, já
gostava de desenhar, pintar desde criança, de uma forma diferenciada, bem
diferenciada.
Como?
Falaremos
disto depois.
Era
sapeca, quebrei o braço quatro vezes quando criança e uma depois de ‘’velha’’.
Às
vezes ficava sentada no chão, na calçada, para ver o movimento... a garotada
brincando.
Que
vontade de brincar!
Porque
não ia?
Mais
adiante respondo.
Eu
tinha um galo [vivo] de estimação. Penteava sua crista, enrolava igual a uma boneca
e o pior ou melhor, ele ‘’topava’’. Algumas crianças dariam tudo para ter um
igual, outras judiavam de mim, tapas, beliscões e saiam correndo... até que
aprendi a morder.
Elas
entenderam que corriam o risco de ficarem sem orelha, eu era o contrário de Van
Gogh, não arrancava a minha, mas a de quem alcançava.
Porque
algumas agiam assim?
Provocação?
Incômodo?
Curiosidade?
Assim
era a pacata DELFINÓPOLIS - NATUREZA, cidadezinha onde todos se conheciam,
festas populares, quermesses, missões religiosas, passeios pelas cachoeiras,
cinema.
Cinema?
2. Quando
minha mãe mandava-nos para o cinema, podia saber... mais um irmãozinho ou
irmãzinha, parto normal em casa, com a parteira e tudo.
Não
víamos a hora do final do filme, nosso pensamento estava na novidade.
Foram
cinco em Delfinópolis, um em Cássia e três em Franca.
Bom,
já deu para perceber que mudamos de Delfinópolis para França.
Meu
pai, com sua visão de futuro, percebeu que era hora de mudar de foco, os
estudos dos filhos, que só aumentava o número, o trabalho... o comércio geral
já se definia para o ramo de carros.
Quantas
vezes, em pleno passeio ou viagem, descíamos do carro, nós e as bagagens para a
troca do carro vendido ou trocado. Era divertido.
Nasci
lá, morei até a idade de dez anos, fui alfabetizada em casa os dois primeiros
anos,
Depois
passei a frequentar a escola local, desde cedo buscando minhas adaptações,
procurando agir de forma a modificar meu ambiente para melhor, DEUS já
colocando ‘’ anjos’’ em minha vida.
DELFINÓPOLIS
- NATUREZA:
Um cenário
de rara beleza, digno de receber o fato mais significativo e único de minha
história:
DELFINÓPOLIS
– O MILAGRE!
CONTAR
OU CANTAR? VIVER...
Madrugada...
Penso
em escrever um conto.
É
preciso revelar a beleza de uma vida.
Minha vida!
Amanhece
o dia, a ideia persiste. Sento em minha cama e a caneta nos dedos do pé começa
a transpor para o papel, para o real ou pensamento - voar, partir, voltar...
Fujo
do presente e volto ao passado, vivo o momento.
Adoro
desenhar, imaginar...
Que
valor ter uma cabeça perfeita, um pensamento que direciona!
Brinco,
sou birrenta, defendo-me como posso, se preciso, uso até os dentes... bobeou...
nhoc!
A minha
cidade?
3.É
pequena, acolhedora, turística e a religiosidade predomina.
Olha!
Vai ter festa!
É a
festa do Divino Espírito Santo, em casa a euforia, somos os organizadores.
Religiosidade?
Não.
Certeza, opção de vida, fé adulta e consciente, paz... eis o meu lar.
A sabedoria que vem de Deus ao invés da
sabedoria apenas humana, da cultura.
Simplicidade
e amadurecimento como sinônimo de meus pais, Vou falar deles:
3.Minha
mãe, psicóloga por natureza com a ajuda de meu pai um líder, criou-me, educou-me
como criança normal, sem cuidados exagerados, só o suficiente para me tornar
segura e feliz.
Hoje
sinto o importante papel da minha infância, a auto realização e a tranquilidade
são frutos de pensamentos direcionados para fé.
Caminho
confiante, transmito sensibilidade com a força de vontade, a arte e a
criatividade, invento, descubro-me a cada novo instante.
Ora
sou alegre, ora sou triste, rio, angustio, caio, mas também levanto, sou e vivo
uma vida normal!
Faço
um estudo de minhas capacidades e limitações. Tudo leva-me a relembrar...
...cinco
anos, tenho febre e terríveis dores nas pernas que não andam e que já foram
determinadas para operações futuras. Tenho dores...choro ...digo que vou andar
ou morrer.
A
inocência de uma criança, a vontade, a certeza, a confiança.
E a festa?
4. Último
dia de festa, sou proibida de sair, mas... quero e vou participar da procissão.
A birra, o choro constante, venço pelo grito e
vou.
Nos
braços de alguém, peço para descer, grito novamente, assusto e vou para o chão...começo
a andar...dou os primeiros passos de minha vida!
A
vontade de uma criança aliou - se à intervenção divina, todos vem o prodígio, o
Espírito Santo e uma ação concreta ali!
Caminhar...e
não morrer, caminhar para o bem!
As
pessoas, de repente, percebem um pouco mais que religiosidade, percebem a
presença de Deus iluminando uma criança.
A
medicina não encontra respostas, simplesmente aceita perante os fatos e radiografias,
seu poder é limitado diante do ilimitado!
Os
anos passam, a arte de viver alicerçada em Deus cria meios de sobrevivência,
descobre dons, persiste, luta e vence.
Valoriza
o dia a dia como a maior descoberta, o maior milagre.
Nas
pequenas coisas aprende cada vez mais a amar e ser amada.
Já não
é apenas um invento, um conto ... é um cantar à alegria de
Servir,
amar e viver!
Nasci
tetraplégica e esta é a minha história, o meu conto real!
A
tetraplegia transformou – se em membros superiores atróficos, foi o que restou
da deficiência.
Minha mãe conta que
foram tempos difíceis, mas abundantes em graça.
Tudo era
diferente, parecia uma preparação.
Ela organizava as
prendas para a noite da festa ao Divino Espírito Santo, durante o dia pedintes
apareciam e ela os saciava com as delícias 5.caseiras: bolos, rocamboles,
doces, ‘’ bom bocados’’, balas, frangos... e assim ia organizando tudo outra
vez.
A festa duraria
três dias sob a coordenação espiritual do Padre Ivo.
No primeiro
comecei com febre, dores nas pernas, dizia que ia morrer ou andar.
Assim continuou o
processo, o médico local fez o que deveria ser feito e nada...
Febre, dores
terríveis, choro.
Chegou o grande
momento: a procissão!
Quero ir, eu
gritava, chorava, como já disse ganhei no grito!
Estava no colo de
AUXILIADORA, a missão era dela, ali, ela tornou-se a ‘’auxiliar’’ no grande
momento da INTERVENÇÃO DIVINA, do sopro do
ESPÍRITO SANTO:
GRITEI TÃO FORTE,
ASSUSTEI...
DESCI E ANDEI...
FUI ANDANDO À
PROCISSÃO!
Hoje, reconheço que
milagre não é magia, nem só espanto, mas a intervenção da infinita bondade de
DEUS de forma concreta, transformadora.
Se ficarmos
atentos sentiremos ‘’grandes milagres’’ no nosso dia a dia.
Minha história
tomou outro rumo, ela foi transformada por um sinal eficaz que permanece com o
mesmo sentido ontem e hoje.
O pedido de uma
criança e a vontade de transformar o meio em que vivia tornara-se realidade.
Volta à São Paulo
e no consultório a equipe médica unânime: a medicina não tem resposta!
Novas
radiografias, resultados normais, novos paralelos e nada a discutir.
Ausência de
movimentos?
Só nos membros
superiores!
Questão que teria
que resolver mais tarde, só que já estava solucionada:
Nada de cirurgias,
nada de pinças.
Já não existia
limite, o que restara, passou a significar:
O AMANHÃ, O
FUTURO!
- incentivo;
- portas abertas;
- liderança;
- novas opções;
- possibilidades
diferenciadas;
- sucesso pessoal,
profissional.
Hoje, considero, o
meu pedido para andar, o meu primeiro ato de empreendedorismo e confiança em
DEUS.
Eu queria mudar,
na minha ingenuidade, na minha fé infantil, pedi.
Para quem?
Para o Pai, um Pai
que atende as pessoas que confiam NELE, era assim que ouvia de meus pais, pois
fui criada num lar que reinava, naquela simplicidade, a fé adulta.
Acreditou, pediu,
ganhou, mudou, celebrou!
6.Agora o melhor
de tudo:
Sucesso
espiritual, posso dizer assim, pois mesmo com quedas, erros, fragilidades, carências
... sei que posso contar com a fortaleza e a misericórdia de DEUS!
Esta é a minha
base: olhar o PASSADO, viver o PRESENTE e ter a certeza dos novos passos, pois
estou sempre atenta ao projeto de vida que DEUS, na sua infinita bondade quer
para mim.
Hoje, moro em
Franca, a minha cidade do coração, hoje, não, há 50 anos, somos em 9 filhos,
meu pai já não está conosco, minha mãe a ‘’ grande heroína, está com 84 anos de
fé, alegria e confiança na ação divina em nossas vidas.
Aposentei – me
como professora universitária, Literatura e Artes, Letras e Educação Artística
com Especialização em Semiótica.
Pertenço à
Associação dos Pintores com a Boca e os Pés, como artista plástica tenho obras
selecionadas e reproduzidas no Brasil e exterior, minhas telas selecionadas são
enviadas para Suíça e mais 70 países.
Participo de
salões em todo Brasil e tenho algumas medalhas, troféus e menções honrosas.
Como escritora
oscilo entre prosa e poesia, o meu livro ‘’REALIZE...TUDO O QUE SEU CORAÇÃO
DESEJA ‘’, está na segunda edição e ficou entre os 3 finalistas no Premio Sentidos,
nível nacional, com 1.083 inscrições.
- ‘’ERA UMA VEZ
UMA GAROTA DE OLHOS ENCANTADOS’’ e ‘’ A ESTRELA DE UMA PONTA’’ são livros de
inclusão infantil.
HISTÓRICO
EXPOSIÇÕES
-
BRASIL E ARGENTINA
-
SÃO PAULO =
PINHEIROS,
MORUMBI, REATECH E MEGA ARTESANAL, SAGUÃO DO MASP E MAM
-
FRANCA – SALÃO DE ABRIL, INDIVIDUAL E COLETIVAS, NÚCLEO ARTILOKA, ATELIER DECOS
-
SEMANA PORTINARI
-
ARGENTINA – MUSEU EDUARDO SÍVOLI
-
SUIÇA PELA APBP – 22 TELAS SELECIONADAS E 10 REPRODUÇÕES – BRASIL, CANADÁ,
ARGENTINA, PEQUIM, FINLÂNDIA E NORUEGA
-
ESTILO ACADÊMICO
TEMPO
DE PROFISSÃO
-
PROFISSIONALMENTE HÁ 8 ANOS NA ASSOCIAÇÃO DOS PINTORES COM A BOCA E OS PÉS
MARIA
GORET CHAGAS
EM MEU
SITE VC COMPROVA TDS OS DADOS
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terça-feira, 22 de dezembro de 2015
...Quinto dia de exposição dos pintores com a boca e com os pés - Luciano Alves...
No quinto dia de nossa exposição, venho apresentar um grande
amigo com um talento maior ainda, abaixo confira sua história e suas obras de
arte.
Filho único,
Luciano Oliveira Alves do Nascimento, morador do Rio de Janeiro, ficou
tetraplégico aos 15 anos, devido a um acidente na praia do Arpoador no dia 12
de janeiro de 2002.
Deu entrada no
CTI do hospital Miguel Couto desenganado pelos médicos, mas apesar do
diagnóstico, Luciano teve uma melhora clínica surpreendente. No mesmo dia em
que saiu de alta do hospital foi para ABBR (Associação
brasileira beneficente de reabilitação) onde ficou internado a princípio para
reabilitação.
Posteriormente
passou a frequentar a instituição duas vezes por semana para continuar o
tratamento. Foi um período de conhecimento sobre sua condição, aprendizado com
experiências de outras pessoas, readaptação dos seus hábitos, fisioterapia e
busca de adaptações que o tornaram mais independente dentro de suas limitações.
A arte surgiu na vida de Luciano Alves de forma
rápida, intensa e despretensiosa. Após uma oração a Deus e em meio a um
processo de reconhecimento pessoal, enveredou pela pintura, caminho até então
desconhecido.
As telas do pintor retratam natureza, infância,
cotidiano, esportes, paisagens, além do recente estudo de figuras humanas que o
artista tem se dedicado. Admirador da obra de Van Gogh possui tendência às
cores quentes, dando um ar tropical às suas obras.
Em 2003, realizou sua primeira exposição. No ano
seguinte aceitou o desafio de fazer uma demonstração de pintura ao vivo, no
SESC - Ramos, que lhe rendeu muitos convites para exposições em diversos
lugares do Brasil.
No mesmo ano, conheceu a Associação de Pintores com
Boca e os Pés - APBP. Enviou alguns trabalhos para a curadoria, na Suíça, e no
início de 2005, já fazia parte do grupo seleto de pintores que a Associação
incentiva através de uma bolsa de estudos.
A arte abriu um novo horizonte para Luciano.
Participante de palestras de motivação, inclusão e acessibilidade, ele ajuda
pessoas a resgatarem seu valor enquanto seres humanos, usando como parâmetro a
própria vivência. Ele ensina, entre outras coisas, que o deficiente precisa
olhar por cima, além do foco, além do problema para só assim compreender tudo o
que é capaz de fazer.
As obras do artista já
foram expostas em vários países do mundo e em outubro de 2009, Luciano fez sua
primeira viagem internacional para participar de Workshops de pinturas no
hotel Hilton e expor no Museu Eduardo Sívori - Buenos Aires /
Argentina – no primeiro encontro de artistas da sul-americanos da
APBP.
Em 2012, Luciano
concluiu o curso de jornalismo, na Faculdades Integradas Hélio Alonso – FACHA.
Foi trabalhar como analista de comunicação na ABBR e no seguinte tornou-se o
coordenador de comunicação da Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas – ABFC.
Atualmente, Luciano
está concluindo um MBA em administração de marketing e comunicação empresarial.
Continua expondo, ministrando palestras e é ativista na causa da pessoa com
deficiência.
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
...Com sua arte Kazê impressiona, quarto dia de exposição dos pintores da APBP...
Tive
a honra de conhecer este brilhante artista pessoalmente.
De alma livre, suas pinturas impressionam, em nosso quarto
dia de exposições conheçam o Kazê...
Carlos
Eduardo Rosa Fraga (Kazê)
42
anos
Um
amigo meu que já faz parte da associação de pintores com a boca e os pés, me
convidou para fazer parte da mesma.
Eu
disse que nunca tinha pintado nada nem com as mãos, com a boca então seria
muito mais difícil...
Mas
como gosto de desafios, aceitei fazer uma experiência; pintei um pôr-do-sol,
que todos falavam que parecia mais um ovo frito. Fiquei seis meses sem pintar.
Até que conversando com uma amiga, que é uma excelente pintora, se ofereceu
para me dar aulas. Aceitei na hora. Com sua ajuda pintei os seis quadros
necessários para mandar para a associação, na Suíça, para ser avaliado. Um ano
depois recebo o telefonema dizendo que fui aceito. Fiquei muito emocionado com
essa notícia maravilhosa.
Tenho
muito orgulho de fazer parte da APBP, e continuo fazendo cursos para me
aprimorar cada vez mais na arte de pintar.
Nascido
em 08 de março de 1973, no Rio de Janeiro/RJ. Ficou tetraplégico aos 18 anos em
um
acidente onde um carro desgovernado o atingiu. Adora viver as coisas simples da vida, sempre que pode aprecia o pôr-do-sol, que por sinal foi uma de suas primeiras telas. Tem muita força, sonhos e projetos pessoais a serem realizados.
acidente onde um carro desgovernado o atingiu. Adora viver as coisas simples da vida, sempre que pode aprecia o pôr-do-sol, que por sinal foi uma de suas primeiras telas. Tem muita força, sonhos e projetos pessoais a serem realizados.
Ana
Pintando
60
x 80
Óleo
sobre madeira
Dupla
realidade
30
x 40
Acrílico
sobre Tela
Vida
Saudável
30
x 40
Acrílico
sobre Tela
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domingo, 20 de dezembro de 2015
... Terceiro dia de exposição dos pintores com a boca - Jeferson Maia - APBP...
Nossa
exposição continua, hoje apresentamos Jeferson Maia. Lendo sua história
percebemos a magnitude de suas realizações.
Muitos
dizem que não desistir é o caminho, poucos entendem que mesmo não desistindo,
ainda há desafios e muito pelo que lutar. Jefferson demonstra isso tanto em sua
pintura quanto em suas palavras.
A coragem
vem da fé e da força de vontade de jamais se render.
Confira as
obras e a história de nosso artista!
Nascido no Rio de Janeiro, RJ, ex-profissional da Bacia de Campos no mergulho profundo. Tetraplégico aos 23 anos em 1987, por um tiro na coluna cervical, vítima de um assalto com lesões posteriormente agravadas num acidente de carro após noitada e bebida alcoólica.
No processo de reabilitação, atuação no paradesporto: Natação (campeonatos 92, 93, 94, 95); Rugby em Cadeira de Rodas - pioneirismo da modalidade no mundial Rio-2005, ex-Presidente/atleta do RioQuadRugbyClube (1º Campeão Brasileiro CPB/2008), e capitão da 1ª seleção Brasileira na Colômbia em 2008); Pesca - títulos nas Desportivas Adaptadas da Confederação Brasileira de Pesca CBPDS/Clube Barracuda.
* Iº Troféu Beija-Flor – RIOVOLUNTÁRIO, 05/12/97; Condução da Tocha Olímpica Jogos Parapanamericanos de 2007; MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES, Câmara Municipal de Mesquita, 20/04/2010 e Câmara Federal dos Deputados - fevereiro/2013 e Medalha da Vida Operação Lei Seca - Alerj - 2014; MOÇÃO DE RECONHECIMENTO - Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Formação em Pedagogia, 2004, funcionário do estado agente SEGOV/RJ - Operação Lei Seca; ações sociais, projetos educacionais e de conscientização; Conselheiro/colunista do extinto jornal NA LUTA; co-criação do Mergulho Adaptado, HSA - Brasil e Passeata Superação-Rio; ex-Instrutor/bolsista no projeto MOTRIX do NCE/UFRJ; colunista em: www.brazilworldarts.com, e www.rampadeacesso.com. Fundador/ pioneiro das Alas de carnaval inclusivas: G.R.E.S. Tradição e Portela, e Agremiações Mirim, Estrelinha da Mocidade e MEL do Futuro; Freelancer Emprol-RH Palestrante PcD Motivacional
* No envolvimento artístico, desde 2009, adaptando-me com a tetraplegia e a limitação nas mãos pintando com a boca de forma autodidata e troca de conhecimento. Hoje, pintor artístico, membro bolsista exclusivo da Associação de Pintores com a Boca e os Pés (APBP) www.apbp.com.br, com obras reproduzidas mundialmente em calendários e cartões; atuações em matérias de mídia, apresentação ao vivo, exposições e concursos, com * 02 Participações Convidado Especial: uma obra na Bienal de Vidigueira - Portugal - 2010 e Salão do Mar do Clube Naval - 2014/2015; * 02 Menções Honrosas: Salão do Corpo de Fuzileiros Navais - 2013 e 45º Salão de Artes do Clube Naval - 2014; * 02 Medalhas de Bronze: 69ª Regata Escola Naval (gincana de pintura) - 2014 e VIII Salão Brasil, Beleza e Cores Sociedade Brasileira Belas Artes SBBA - 2014; 01 Placa Premiação 2º lugar - 2º Salão Artes Plásticas Medalhística Militar ABRAMMIL - 2014; 01 Grande Medalha de Bronze - Salão Rio 450 anos SBBA - 2015 e 01 Medalha de Prata - Salão de Maio SBBA - 2015.
* Artista plástico (pintor exclusivo VDMFK/APBP) com figuração artística em: www.inclusivas.com (Reprodução comercial proibida)
Obras
Pintadas com a boca!
IMG 1: Acrílica
em tela - 40x50 - Patrulha
IMG 2:
Acrílica em tela - 40x50 - Costão da Urca
IMG 3:
Acrílica e painel - 30x60 - Visão da Baia
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sábado, 19 de dezembro de 2015
...Uma arte que faz apaixonar - Gonçalo Borges - artista plástico APBP...
Estamos no segundo dia da
exposição de Natal, Vida de Tetra.
Hoje apresentamos Gonçalo Borges!
Sua história e sua arte impressionam, preparem-se para se emocionar e descobrir o quanto especial um ser humano pode ser...
No ano de 2000 o artista deixou
de ser bolsista para ser membro da Associação de Pintores com a Boca e com os
Pés. Confira sua história abaixo e aprecie suas obras de artes. http://www.goncaloborges.com.br/
Gonçalo Borges.
Novo Horizonte, Estado de São
Paulo, 08 de janeiro de 1952: foi ali, naquele instante, que eu, Gonçalo,
nasci, tendo como paisagem de fundo a fazenda onde meus pais trabalhavam.
Contando todos, éramos seis:
mamãe, meu pai, meus dois irmãos, eu e vovó. Aliás, foi ela, vovó, quem fez meu
parto. Um susto que não esqueceu nunca!
De repente, olha um bebê vindo ao
mundo com as pernas para cima dos ombros e, entre elas, os braços! Uma maneira
original de nascer, que ficou marcada em sua memória até o fim da vida. E foi
numa casa de pau a pique, sem nenhum recurso hospitalar...
Mas eu já estava aqui, no
planeta, e não pretendia deixar cair a peteca só por causa de alguns detalhes
de design genético.
E não deixei. Desde cedo, minhas
artes começaram, em todos os sentidos. Talvez com medo de me deixarem sozinho
enquanto davam duro na roça, meus pais me levavam com eles para o trabalho. E
foi lá, esperando que terminassem o serviço, que aconteceram minhas primeiras
tentativas de trocar literalmente as mãos pelos pés, que usava para abrir
garrafas de água ou café.
Orientados por alguém, meus pais
vieram para São Paulo, a capital, buscar ajuda para meu caso no Hospital das
Clínicas. Não foi fácil. De repente, virei matéria de estudo, passando por vários
exames de saúde física e até por testes psicológicos, talvez para verificar meu
estado emocional, que na verdade sempre foi, por paradoxal que seja,
simplesmente ótimo. Lá, me submeti também a uma cirurgia no braço esquerdo,
próximo à região do cotovelo, visando facilitar movimentos. Facilitou mesmo!
Como isso tudo demandava tempo, junto comigo veio toda família. Éramos agora,
habitantes da cidade grande, vivendo numa casa que meu pai alugou no bairro da
Penha.
Aos 5 anos – comunicação sempre
foi meu forte - eu já tinha muitos amigos.
O quintal de nossa casa era grande, havia muitas famílias nas proximidades e,
consequentemente, crianças também.
Eu gostava de ficar na rua de pés descalços, brincando de carrinho, bolinha de
gude, empinar pipa, soltar balões... O que, devido a minha deficiência nos
braços, eu fazia com a boca ou com os pés. Foi nessa época que, pelo mesmo
método, comecei a desenhar e a pintar na rua.
Aos 7 anos, já era a peraltice em
pessoa. O número de amigos se multiplicou, incluindo agora pessoas mais velhas,
que me levavam para passear e brincar com seus filhos. Minha mãe, muitas vezes,
ficava apavorada com minhas saídas: é que eu esquecia de avisar e ela, sem
saber onde eu estava, quase morria de preocupação.
Então, pensando em comprar uma
casa, minha mãe começou a trabalhar.
Eu e meus irmãos, a partir daí, ganhamos outra mãe: minha avó, que cuidava de
todos nós.
Quando cheguei aos 8 anos, minha
mãe procurou uma escola. Eu já estava atrasado nos estudos, e era hora de
começar. Junto, começaram também as dificuldades geradas por preconceitos da
sociedade com a minha deficiência.
A diretoria, alegando que minha presença atrapalharia os outros alunos por
causa de minha forma de escrever com a boca ou com os pés, não aceitou meu
ingresso. Por mais que tenha insistido, minha mãe não conseguiu fazer com que
mudassem de posição.
Foi quando alguém indicou a AACD (Associação de Assistência à Criança
Defeituosa). Lá, em regime de internato, além de aprender a ler e escrever
desenvolvi minhas habilidades de desenho e pintura, pratiquei natação e
mergulho, pratiquei datilografia (ou seria pedilografia?) e realizei inúmeros
trabalhos manuais.
Por ser uma pessoa extremamente
extrovertida, conquistei muitas amizades.
Até fui eleito garoto símbolo da AACD. Também participei de vários concursos de
desenho em campanhas educativas, como de trânsito, as de prevenção para não
soltar balões, etc. E ganhei prêmios, inclusive da UNICEF!
Durante minha época de AACD fiz
ainda parte de um grupo de lobinhos, e logo passei a ser escoteiro, graças a
minha facilidade em aprender tudo que me ensinavam. Quando lobinho fui também o
menino símbolo do movimento.
Isso foi muito bom para mim, porque me proporcionou a possibilidade de realizar
viagens a vários estados do Brasil, participando de inúmeras comemorações.
Permaneci na AACD durante 6 anos.
Ao sair de lá, meus irmãos mais novos pouco me conheciam, pois só vinha para
casa 2 vezes por ano, nas férias. Eles não se escondiam de mim, mas perguntavam
a minha mãe quem era aquele “cara estranho”. Daí para frente comecei tudo de
novo, reconquistando gradualmente os amigos da rua onde morava. Logo, estava
totalmente entrosado, jogando bola, bolinha de gude, soltando pipas,
brigando... enfim, uma infância muito gostosa, coroada de amizades e de
alegria.
Quando tinha 17 anos, um
acontecimento marcante: um amigo, que trabalhava como office-boy, foi buscar
para seu patrão uns cartões de Natal e comentou com a pessoa que o atendeu
sobre mim. Eles ficaram interessados em me conhecer e marcamos um encontro.
Quando me viram, foi uma grande surpresa.
Não podiam imaginar que eu era a pessoa que eles estavam esperando. Esta
empresa chama-se Associação Pintores com a Boca e os Pés.
Na época, o Sr. Carlos Henrich,
hoje já falecido, era o diretor responsável pela publicação e vendas dos
cartões. Ele fez uma visita a minha casa, pediu que mostrasse meu trabalho.
Em seguida, me apresentou à
diretoria da Associação para uma avaliação.
Foi quando, aprovado como artista bolsista, passei a receber para estudar
desenho e pintura. Então, após quase um ano, tive minha primeira obra publicada
nos cartões de natal. Finalmente!
Daí, não parei mais. Fiz cursos
de desenho e pintura, primeiro por correspondência, depois numa escola de
desenho e pintura do Sr. Sarau.
Tive também um professor particular. De início só pintava com tinta óleo, mas
quando ganhei um curso de desenho e pintura na Associação Paulista de Belas
Artes, aprendi a pintar com tinta aquarela e guache e, o que é mais importante,
estendi muito minha experiência, trabalhando com modelos ao vivo, nus e outras
situações.
Sempre querendo melhorar e me
aperfeiçoar, prestei vestibular e cursei Comunicação Social (propaganda),
enquanto fazia layouts para algumas agências de publicidade e pintava para a
Associação.
No ano de 2000, deixei de ser um simples bolsista e passei a ser membro da
Associação. Com isso, ganhei o direito a voto em decisões da direção da
organização, que já está em mais de 60 países e tem aproximadamente 500
artistas em todo o mundo.
Estes são, por enquanto, os fatos
que pontearam minha existência, me empurrando sempre para frente, apesar e, até, graças a minha deficiência, que me fez superar limites e atravessar fronteiras.
Mas minha história, podem ter certeza, não vai acabar por aqui. Estarei sempre
construindo um futuro melhor para minha pessoa e minha arte, com trabalho,
determinação e a certeza de que o futuro reserva, graças a este Poder
Misericordioso e Justo que rege o mundo, dias de muito sucesso e gratificação
aos que, como eu, enfrentarem seus desafios e acreditarem em seu talento.
Todos os direitos autorais são reservados à Associação dos
Pintores com a Boca e os Pés
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