Como vidro o
metal se quebrou
Tantos
fragmentos que não pude contar
Talvez a
ausência de batalhas
Talvez o
tempo de paz
Mas ser
feliz para aqueles que brandem a espada
Não passa de
ilusão
Assim,
tornam a forja
Pois o mesmo
martelo que quebra o vidro, forja o aço
Queimando,
aquecendo a ponto do metal tornar-se laranja
Tento, com
todas as forças e a pouca sabedoria, que lutei para ter em mim
Unir
novamente o metal
O martelo
bate
A forja
aquece
As runas que
haviam na espada somem
Tudo ao
zero, tudo do zero
E mesmo com
o maior cuidado que posso ter, ainda me queimo
Espero
pacientemente o metal tomar forma
Aquecendo e
esfriando
Esfriando e
tornando a aquecer
Como
qualquer guerreiro me lembrei
Mesmo assim,
ainda só
Em meu
caminho, em minhas batalhas
Não durará
muito
Pois aqueles
olhos rajados, viram me buscar
Apresso-me a
forjar a única arma que tenho
Reparando
meu coração
E às vezes
sinto que sacrificando, mesmo que seja um pouco, minha alma
Não posso
perder
Não devo
perder
Não vou
perder
Tomo para
mim a responsabilidade
De reforjar
E mais uma
vez ir de encontro
Àqueles
olhos rajados
Não há outro caminho, mais uma vez, serei eu ou
ele.
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