Os tempos
mudaram.
Em meio a
uma confusão de opiniões religiosas, políticas, e de mídias inescrupulosas e
manipuladoras, grupos populares ditos como formas de alcançar direitos específicos
à sua classe correspondente na sociedade, levantam-se com certo furor de forma
a serem respeitados pela força, mas que, na verdade tentam conquistar, dividir,
repartir e transformar deveres em privilégios sem consequências. Tornando o
poder algo inconsistente e manipulável a conhecedores de brechas jurídicas e
morais.
Comecei o
texto de forma singular, até complexo de ser entendido, pois vejo pessoas que
não compreendem o que vivem. Temos inúmeras opiniões e pontos de vista sobre
todas as áreas e temas possíveis. Mas torna simples de entender desta seguinte
maneira:
Poderes
antigos que, há algum tempo, governavam opiniões, perdem força. Nossas mídias
cresceram desta forma e hoje lutam para manter-se vivas. Em paralelo, hoje
formam-se opiniões ditadas por mídias que há muito beiram à inconsequência, a
internet ganha um grande espaço, sem o compromisso da verdade, não que a mídia
que consideramos profissional exerça alguma responsabilidade também.
Foi-se o
tempo que uma notícia, dirigida por meios inescrupulosos que visam apenas
manter o medo e a raiva como forma de controle, tornara-se lei incontestável.
Porém, pensando da mesma forma, não podemos manter um padrão moral apenas
pensando com o mundo em constante transformação.
Leis devem
ser transformadas, pensamentos públicos precisam crescer e pessoas entender que
antes de sermos negros, homossexuais, mulheres ou qualquer outra divisão
fenotípica somos humanos. Leis precisam ser pensadas em todos nós antes de um
grupo específico. Muitos dirão que isso já existe, mas quero dizer: “Chega de cotas,
chega de privilégios à um grupo apenas”, quero respeito a todos, quero o
direito de ter um emprego de acordo com minha capacidade, um salário justo, uma
vida sem tanto medo de sair de casa, quero um mundo como todos querem.
Utopia,
pode até ser, mas cansei de ver injustiças, feministas lutando por direitos que
já tem, afro-brasileiros encontrando um meio de se diminuir para poder crescer,
ou qualquer outro grupo simplesmente não sabendo o que quer, mas querendo tudo
o que há.
Sim, é um
momento de se tomar cuidado, pois partidos transformam ideologias em pequenos
conflitos que inebriam mentes, afinal, enquanto tantos lutam pelo nada, onde
seus ideais tornam-se armas contra si mesmo, poucos conseguem enxergar além, a
realidade é que enquanto houver separação, aqueles que se dizem espertos
confundem, destroem, simplesmente com teorias absurdas. Pois a moral é uma:
amar, respeitar e ser respeitado, não faça a outros o que não querem que seja
feito a você.
Faço um
apelo à consciência, dos poucos que lerem este humilde texto, não nos definimos
por sermos homens, mulheres, homossexuais, cristãos, umbandistas, ou qualquer
outro tipo de denominação. Nos definimos por sermos humanos, e como humanos
precisamos entender que onde acaba o meu direito começa o do próximo.
Como nota final, agora que temos a chance de
mudar, pensem no que querem pro futuro do Brasil, votem conscientemente.
Um comentário:
Thiago Ribeiro,sinceramente, gostei de seu comentário, mas gostaria de discorrer sobre alguns pontos: Não sou negro nem branco, sou pardo e, se não progredi muito na vida, a culpa foi exclusivamente minha, todavia, apesar da propalada igualdade constitucional, é público e notório a desigualdade quando se refere a afrodescendentes, assim como a preferência por brancos em cargos profissionais mais elevados e a mídia tem muita culpa nisso, assim como muitas outras culpas, justamente por ser concessão federal de brancos para brancos. O Racismo velado é pior que o declarado porque camufla um problema real e o fato de haver brancos pobres não anula a causa. O fato é: quanto mais escura a pele, mais dificuldade na vida. Não concordo com um ou outro negro na zona de conforto criticar a Consciência Negra, gostaria de ouvir a opinião dos que estão nos barracos. É claro que todos têm que ter representatividade e atenção do poder público, mas nosso sistema político é perverso. Nossos governantes governam de cima para cima jogando-nos migalhas. O voto consciente é uma utopia num sistema eleitoral perverso onde os partidos são quadrilhas. São eles quem determinam o comportamento de seus filiados. E nesse jogo de compadres, onde os fichas sujas se escondem atrás das brechas na lei, só "vota certo" a elite, escorada na velha filosofia do "rouba, mas faz". Atenciosamente.
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