Andando pelo vale, sinto o calor do sol a tocar a minha pele, lembranças vem e vão trazendo-me do mais profundo de minha alma, nostalgia. Aquela sensação que já vivi tanto quanto o tempo e apreciei pelo menos uma vez de tudo um pouco.
Passo meus dedos pelas frestas de uma árvore, talvez simbolizando um carinho ou apenas tentando sentir.
Continuo a dar passos
em direção ao pôr do sol, não me vejo ao me olhar, a observar.
Até posso sentir o
respirar da natureza ao meu redor, lembro-me daquele tempo onde as cores
pareciam mais vivas e a vida, de um jeito simples, ainda fazia sentido.
Pergunto-me se um dia
voltarei a viver, se crescerei como as plantas que tanto admiro ou se poderei
seguir meu caminho como o curso de um rio. Sem querer deixo uma lágrima rolar
pelo meu rosto, e ao fundo o vento parece cantar uma música de solidão, uma
letra de coragem que tenta motivar a continuar.
Será? A vida de todos
corre para o mesmo curso? Ou será que o curso que guia a vida?
Indagações e
pensamentos ao voar tornam tudo mais confuso.
Ao fim vejo uma pequena
casa despontando no horizonte, um lugar seguro onde quero descansar, mas sempre
há aquelas vozes que dizem que meu lugar não é estar em meu lar.
Apenas sei que hoje
andei pelo vale.
Talvez amanhã volto a
andar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário