Dizia a lenda
Que aquela ave trazia sonhos
Que em seus mil olhos
Haviam a visão da justiça
Elegante andava conquistando admirações
E em seu canto, muitos ouviam promessas
Mas ao fim o que seria uma ave sem voar?
Um pássaro sem sonhos?
Ou penas que andam?
Fechando os olhos ainda posso vê-la
E em sua beleza conduziam-se lágrimas
Agora sim posso entende-la
Que o sonho de uma ave que não voa
É ser eternamente bela
E levar consigo a cor do acreditar
E ao sabor dos ventos que não a abençoaram
Traz-me a lembrança de seu olhar
Cadente e insistente
Visando com cada um de seus mil olhos
O sonho de amar.
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