sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

...A arte impecável de Antônio na 8ª Edição da Exposição Virtual...

Ao olhar a arte de Antônio Martins, sinto que meu espírito se harmoniza com as cores, a beleza das obras e as imagens que de alguma forma me transportam para um lugar mais íntimo de meu próprio ser. Gostaria de apresentar estas lindas cores a todos vocês.


Meu nome é Antônio Luiz Martins, nasci no ano de 1963 no Estado de São Paulo, na cidade de Botucatu. Sou ex-funcionário público estadual e formado pela Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu. Sou filho de pais lavradores numa família de 11 irmãos, em que duas faleceram. Tive uma infância tranquila com muita liberdade, pois a gente morava na roça. Minha adolescência foi boa também, gostava muito de passear, jogar futebol e fazer boas amizades, mas como todos os adolescentes, fui um pouco rebelde.

Comecei a trabalhar muito cedo, com quinze anos. Aos dezoito anos comecei a trabalhar na UNESP (FCA), onde fiquei de 1982 a 1991, ano em que sofri um acidente de carro e minha vida mudou completamente. Quando a gente é adolescente pensamos que somos blindados e nada vai acontecer com a gente, não temos limites pra nada, mal ouvimos conselhos dos pais e sempre queremos ser o machão, o bonitinho da turma, mas tudo isso não passa de uma ilusão, uma felicidade temporária.

Depois desse acidente fiquei tetraplégico, perdi os movimentos da mama pra baixo, tendo movimento parcial nos braços e não conseguia fazer minhas necessidades principais (transferência da cama pra cadeira ou da cadeira pra cama, tomar banho, me vestir, rodar a cadeira, comer sozinho, etc).

Com muita fé em Deus, ajuda da família e amigos e muita fisioterapia, aos poucos fui recuperando meus movimentos. Consegui recuperar alguns movimentos nos braços, mas infelizmente não consegui recuperar os movimentos das mãos. Nas seções de fisioterapia ocupacional, comecei a usar a boca para escrever e desenhar. No início só saíam rabiscos, aí a fisioterapeuta teve a ideia de eu começar a pintar.


Foi uma ideia maravilhosa, pois comecei a gostar e as coisas começaram a melhorar na minha vida. Comecei a praticar bastante e adquirir experiência e depois de vários anos, comecei a dar aulas, trabalhar como voluntário, dar palestras nas escolas e empresas e ensinar no projeto da escola da família (projeto da educação do estado de São Paulo). Aí em 2010 tive a felicidade de fazer parte como bolsista da Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP), uma instituição internacional com sede na Suíça. Aí a arte começou a fazer parte da minha vida como uma profissão, comecei a trabalhar com muito mais responsabilidade e minhas obras de arte foram aprimorando cada vez mais.



Todos os direitos autorais são reservados para a Associação de Pintores com a Boca e os Pés: www.apbp.com.br





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