O mundo se torna brilhante quando a esperança e a superação transbordam do ser. Através de sua história e arte, Goret demonstra como nosso mundo pode ser colorido.
Tudo começou em Delfinópolis, 1951, nasci tetraplégica.
Minha infância? Eu ficava sentada em cima do balcão desenhando com os pés.
Minha cidade? É pequena, acolhedora, turística, era festa do Divino Espírito Santo.
Tenho cinco anos, sinto febre e terríveis dores nas pernas que não movimentam, digo que vou andar ou morrer.
Último dia de festa, sou proibida de sair, mas quero e vou à procissão.Nos braços de alguém, peço para descer, grito novamente, assusto e vou para o chão, começo a andar, dou os primeiros passos de minha vida!
A vontade de uma criança aliou - se à ilimitada intervenção divina!
Os anos passam, a arte de viver alicerçada em Deus cria meios de sobrevivência, descobre dons, persiste, luta e vence.
Hoje?
Continuo com os membros superiores atróficos, sou artista plástica, pertenço à Associação dos Pintores com a Boca e os Pés com obras premiadas e reproduzidas, medalhas e troféus no Brasil e exterior.
Eu vivo a minha arte de forma intensa! É minha essência e propósito de vida!
Procuro desenvolver minhas habilidades artísticas buscando sempre conhecimento, inovação, e muita inspiração.
Amo pintar aquarela e flores, pois as flores resistem a terrenos áridos e terrenos férteis e assim é a nossa criatividade artística.
Busco sempre desafios, isto me impulsiona a descobrir novos caminhos, novas técnicas, eu voo do acadêmico livre ao impressionismo, do contemporâneo à releitura corporativa.
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