domingo, 25 de dezembro de 2022

...Encerramento da 8ª Edição da Exposição Virtual...

 Caros amigos que acompanharam a 8a Edição da Exposição Virtual até aqui.

Venho agradecer a todos aqueles que se inspiraram com a arte, aos artistas que se esforçaram e permitiram que este humilde blog pudesse expor seus trabalhos e aqueles que me ajudaram a formatar e alinhar textos e imagens.

E sem mais delongas, deixo como encerrada mais uma Exposição Virtual que nos cativou e apresentou histórias de superação e força de vontade inquebrantável, fazendo desta exposição uma das melhores que já tivemos ao longo dos anos.


Entre muitos artistas que participaram nos anos que já passaram, e outros que se mantém prestigiando a Exposição Virtual, deixamos nossa pequena homenagem com esta foto e algumas de suas obras literárias.

Contemplem um pouco mais do talento e arte desenvolvidos por nossos amigos artistas da APBP!









Hábeis nas artes plásticas, nossos artistas demonstram talento em seus contos e estórias, levando o público ao seu mundo de superação.
Emocionantes contos de vitória em letras que transportarão o público a um mundo extraordinário!

Veja um pouco mais em: https://www.apbp.com.br/leitura/

Certificado da 8ª Edição da Exposição Virtual:



MUITO OBRIGADO! 

Feliz natal e um próspero ano novo!

sábado, 24 de dezembro de 2022

...Conheçam o artista Thiago Ribeiro Santos na 8ª Edição da Exposição Virtual...

Perseverança e dedicação em cada uma de suas obras, conheçam Thiago Ribeiro Santos.

Meu nome é Thiago Ribeiro Santos. Desde os 8 anos tetraplégico, pois, após um atropelamento, vim a fraturar as vértebras conhecidas como C2 e C3.

Foram longos anos de busca, aprendizado, onde sonhava em conquistar e almejava  alcançar meus sonhos. Primeiro, o sonho deste blog nasceu nas mãos de um amigo chamado Cássio. Fui escrevendo, relatando meus dias, o que pensava e os poemas que em meu coração chegavam.

Logo a aventura tornou-se maior, e através do meu amigo Nuno eu descobri que podia pintar com a boca. Nuno acreditou em mim numa época em que eu mesmo jamais poderia imaginar aonde chegaria.


Comecei a pintar. Entre riscos e rabiscos, desenhos e tintas, havia descoberto que o emprego que tanto buscara viera a mim na forma de lazer em uma terapia de viver.

Minha professora, Rita de Cássia, já chegou perguntando: “Quais são seus sonhos?”.

Tolo e ingênuo, sem saber o quão maior poderia ser, me encontrei sem respostas, mas com um brilho no olhar.

Hoje, realizo sonhos e através da arte, tanto escrita quanto com os pincéis, posso voar e me encontrar nas nuvens de minha própria imaginação.

Como bolsista da APBP, me deleito e me derramo tanto nos momentos que trabalho na exposição virtual, quanto a cada trabalho que termino. Vendo que estou crescendo, sinto que estou progredindo.

Pintar é liberdade. Escrever, responsabilidade. Escrevo sobre o que pinto e pinto sobre o que escrevo. E, pela primeira vez, de todas as exposições que criei e participei, posso dizer que consigo sorrir neste mundo que quero colorir.














Um pouco da história e arte de Thiago Ribeiro Santos


Todos os direitos autorais são reservados para a Associação de Pintores com a Boca e os Pés: www.apbp.com.br





sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

...A arte impecável de Antônio na 8ª Edição da Exposição Virtual...

Ao olhar a arte de Antônio Martins, sinto que meu espírito se harmoniza com as cores, a beleza das obras e as imagens que de alguma forma me transportam para um lugar mais íntimo de meu próprio ser. Gostaria de apresentar estas lindas cores a todos vocês.


Meu nome é Antônio Luiz Martins, nasci no ano de 1963 no Estado de São Paulo, na cidade de Botucatu. Sou ex-funcionário público estadual e formado pela Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu. Sou filho de pais lavradores numa família de 11 irmãos, em que duas faleceram. Tive uma infância tranquila com muita liberdade, pois a gente morava na roça. Minha adolescência foi boa também, gostava muito de passear, jogar futebol e fazer boas amizades, mas como todos os adolescentes, fui um pouco rebelde.

Comecei a trabalhar muito cedo, com quinze anos. Aos dezoito anos comecei a trabalhar na UNESP (FCA), onde fiquei de 1982 a 1991, ano em que sofri um acidente de carro e minha vida mudou completamente. Quando a gente é adolescente pensamos que somos blindados e nada vai acontecer com a gente, não temos limites pra nada, mal ouvimos conselhos dos pais e sempre queremos ser o machão, o bonitinho da turma, mas tudo isso não passa de uma ilusão, uma felicidade temporária.

Depois desse acidente fiquei tetraplégico, perdi os movimentos da mama pra baixo, tendo movimento parcial nos braços e não conseguia fazer minhas necessidades principais (transferência da cama pra cadeira ou da cadeira pra cama, tomar banho, me vestir, rodar a cadeira, comer sozinho, etc).

Com muita fé em Deus, ajuda da família e amigos e muita fisioterapia, aos poucos fui recuperando meus movimentos. Consegui recuperar alguns movimentos nos braços, mas infelizmente não consegui recuperar os movimentos das mãos. Nas seções de fisioterapia ocupacional, comecei a usar a boca para escrever e desenhar. No início só saíam rabiscos, aí a fisioterapeuta teve a ideia de eu começar a pintar.


Foi uma ideia maravilhosa, pois comecei a gostar e as coisas começaram a melhorar na minha vida. Comecei a praticar bastante e adquirir experiência e depois de vários anos, comecei a dar aulas, trabalhar como voluntário, dar palestras nas escolas e empresas e ensinar no projeto da escola da família (projeto da educação do estado de São Paulo). Aí em 2010 tive a felicidade de fazer parte como bolsista da Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP), uma instituição internacional com sede na Suíça. Aí a arte começou a fazer parte da minha vida como uma profissão, comecei a trabalhar com muito mais responsabilidade e minhas obras de arte foram aprimorando cada vez mais.



Todos os direitos autorais são reservados para a Associação de Pintores com a Boca e os Pés: www.apbp.com.br





quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

...Mudando vidas, homenagem à APBP na 8ª Edição da Exposição Virtual...

Texto: Thiago Ribeiro Santos

Ao longo dos anos venho homenageando pintores e grandes profissionais que nos ajudam a realizar estes feitos, mas nunca de maneira direta. Como homenagem, vim falar de nossa querida APBP.

Em 1956 Erich Stegmann, pintor com a boca, reuniu 8 artistas com deficiência física objetivando obter ofício e sustento através de seus próprios esforços...

Continue lendo a história no site da APBP.

Já que todo ano compartilho a história da APBP, deixarei aqui como link, mas gostaria de falar um pouco mais de minha experiência pessoal.

Fui atropelado em 1995, ficando tetraplégico e crescer como deficiente trouxe diversos desafios. Acho que um dos maiores é ter os mesmos sonhos de qualquer ser humano. Casar, ter filhos, algo que se tornava mais importante conforme cresci, e o medo de não ser alguém produtivo na sociedade corroía a alma.

Com um sorriso, certa vez, Luciano Alves contou-me sobre como era estudar artes plásticas. Em longas conversas, aos poucos abria meus olhos mostrando que eu também poderia lutar e sonhar.

Neste período da história, Rui Nuno Nunes Fernandes, um dos meus melhores amigos nessa Terra, vinha reforçando cada palavra e me encorajando a tentar. Um tempo depois, conheci Rita de Cássia, professora de artes plásticas que me acompanha até hoje, ensinando-me sobre a vida e a arte, e mostrando que a deficiência não passava de uma oportunidade para ser maior.

Este foi o caminho inicial, superando medos e incertezas, dores e descrenças, para poder ter a certeza que poderia pintar um copo, uma janela ou uma arvore de Natal. Dias de treinamento, as vezes meses, para fazer um único quadro.

Assim a APBP entrou na minha vida, como a esperança de um futuro melhor e a salvação em meio à escuridão. Naquele tempo, decidi fazer a Exposição Virtual, e vi que meu sentimento era compartilhado por muitos. Pintores com a boca e os pés, artistas de tinta e de fé, de cada história e a cada arte, emoção e aprendizado. A arte é assim, liberdade para mim.

Creio que para cada um de nós, ser um bolsista da APBP significa reconstruir um pedacinho do que foi quebrado, onde por tantos anos éramos subestimados. Ao dizer isso, sei que muitos se lembrarão de palavras que diziam que não conseguiríamos, que seríamos um peso pelo resto da vida. Como se tivesse certeza de que nosso futuro fora quebrado e jogado fora, como poeira ao vento.

Continuamos a lutar, superando a cada dia conceitos e pré-conceitos, que partem de nós mesmos e de outros. Construímos sorrisos e olhares de admiração, que percebem que nada é impossível. E se nós podemos, todos poderão.


Texto: Gonçalo Borges

Sou Gonçalo Borges, como membro da APBP há 52 anos, neste ano de 2022. Minha vida está totalmente ligada a APBP, foi e é ela quem me deu a grande oportunidade de projetar ao mundo a minha arte. 

MINHA HOMENAGEM À APBP. “ASSOCIAÇÃO DOS PINTORES COM A BOCA E OS PÉS, FUNDADA POR ERICH STEGMANN, SER ILUMINADO QUE VIU NA ARTE A VIDA DE MUITOS SEREM MUDADAS”. 

Sem mais desejando saúde e prosperidade a todos.

Atenciosamente,

Gonçalo Borges.


Vídeo: Goret Chagas

Fechando com chave de ouro, uma das pessoas mais especiais, que mais que apoiar este projeto, divulga e prestigia todos os anos com seu talento, sua imagem e principalmente alegria. Goret fala um pouco da APBP para vocês.





quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

...O mundo de cores de Jefferson Maia na 8ª Edição da Exposição Virtual...

Mais um de nossos talentos, que a cada ano se aprimora e se supera. Jefferson Maia demonstra a beleza e os encantos de sua arte.

Venho me adaptando com a vida de tetraplégico desde os 23 anos. Hoje, aos 58, continuo aprendendo e buscando sempre mais.

Para mim, o ato de pintar vai muito além de deixar fluir e se perder entre cores e projeções de imagens. Pintar é muito mais, é a expressão da criatividade, do sentimento, da percepção. O que chamamos comumente de inspiração permeia um misto de sensações e, às vezes, devaneios. Nos dá a liberdade de traduzir uma imagem, seja do que se vê ou se imagina à uma cena única, surreal ou abstrato. Como uma representação imagética, o toque singular do autor, seja assinada ou não, algo de única obra, por isso chamada de original.

E como digo sempre que me perguntam ou discorro em uma palestra qualquer, pintar com a boca não interfere no resultado pelo fato de ser mais ou menos difícil para alguns. Pintar com a boca é tão somente uma adaptação pessoal que encontramos em meio à nossa tetraplegia, que nesse caso não nos limita, e sim nos projeta na amplitude de sentimentos e possibilidades.


Eu pinto porque gosto, pelo que vem de dentro, do que tenho de mente e por romantismo chamo de coração.

Sentir o belo e reproduzir num suporte, seja qual for, seja a tela que encontrar nos dá a satisfação de fazer e sentir o resultado de prazer e inquietude, seja no observador ou em nós mesmos.  Algo de bem e de bom, singular, pois arte é isso, para mim é vida por ser a tradução dela mesma.





Todos os direitos autorais são reservados para a Associação de Pintores com a Boca e os Pés: www.apbp.com.br





terça-feira, 20 de dezembro de 2022

...Colorida e criativa, Ivana Bandeira mostra sua arte na 8ª Edição da Exposição Virtual...

Talento que se define em cores e nos faz transcender a imaginação. Conheçam um pouco de Ivana Bandeira. 

Comecei a pintar muito pequena, com menos de dois anos de idade. Nesse período, eu também estava perdendo os movimentos das mãos. Então, tentei, naturalmente, pegar os materiais com a boca. Dessa forma, meus pais perceberam o quê estava acontecendo com minha saúde. 

A pintura com a boca esteve presente desde sempre, assim, pintar com a boca é algo intrínseco a minha personalidade.  Não consigo imaginar de outra forma.

No entanto, não acredito que seja algo limitante. Pintar com a boca não me faz menos pintora. É apenas o meio que encontrei para poder exprimir a minha originalidade no que exponho em formas de desenho e pintura.  

Meios de comunicação para divulgação

Site: www.ivanabandeira.com

Instagram: @isbandeira


Todos os direitos autorais são reservados para a Associação de Pintores com a Boca e os Pés: www.apbp.com.br






segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

...Ana Luiza Carmo, Jovens Talentos, na 8ª Edição da Exposição Virtual...

A sensibilidade que transborda da imagem refletida em cores e esperança demonstra mais do que crenças, demonstra a união com todos aqueles que chamamos de amigos e família. Nossa participante de Jovens Talentos deste ano e querida amiga traz consigo um carinho e um sopro de beleza nos traços de seu compasso.

Quando me convidaram pra participar da exposição, me peguei em uma dúvida eterna sobre o que fazer. Pensei em desenhos com composições complexas (que pra ser sincera, ainda não tenho as habilidades necessárias pra conseguir fazer) e cheios de perspectiva. Mas então chegou um dia que eu decidi apagar tudo que eu já tinha feito e fazer uma coisa mais simples, mas que fosse simbólica.
Me encontrei pensando naquelas histórias que contam pras crianças sobre ter um pote de ouro ou tesouros no fim do arco-íris. Então resolvi desenhar o que pra mim, é o tesouro que me espera no fim do arco-íris: meu cachorro que virou um anjinho esse ano. Sinto muita falta dele, mas acreditar nisso é algo que passa um certo conforto pro meu coração.
A mensagem que eu quero passar é que acredito que aqueles que nós amamos nos esperam no fim do arco-íris e quando esse reencontro acontecer, poderemos enfim viver a eternidade juntos e felizes.


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